Não me considero um escritor, apenas gosto de escrever sobre qualquer coisa.
Meu gênero preferido é o conto surreal, porque não preciso me preocupar tanto com o tamanho do texto, nem com tempo ou espaço na narrativa, afinal contos costumam ser pequenos e o que é surreal é surreal mesmo, não precisa ter lógica, e eu gosto de escrever contos sem lógica, assim sem pé nem cabeça.
Na minha modesta opinião, o mais importante não é o que se conta, mas como se conta. Eu acredito que até um passeio de cinco minutos ao redor da minha quadra pode ser um grande conto se for contado de um jeito especial, diferente, inusitado, ou como eu gosto de fazer: de um jeito surreal.
Costumo usar formas de escrever chamadas escrita automática e fluxo de consciência. Dessa forma eu não planejo nenhuma história e nunca sei do que se trata. Apenas fico digitando sem parar tudo o que vem na mente por uns 15 minutos no mínimo, e não corrijo nem apago nada que foi escrito. Depois, eu reviso e só arrumo "por cima" os erros de ortografia e gramática mais óbvios, a fim de que o texto fique no mínimo legível, mas sem mudar a história em si. Em outras palavras, o meu foco está no absurdismo da história.
E assim surgem os meus contos surreais: das profundezas do meu subconsciente. Sem lógica, sem pé e nem cabeça. Mas que ainda assim me divertem quando eu paro pra ler os absurdos e passagens inesperadas. E o que é mais incrível, muitas vezes essas histórias fazem sentido assim mesmo sem querer...