Afonso Rodrigues dos Santos, escritor entusiasta, cada vez mais ávido por aprender e disseminar conhecimento.
"Sem suor não pode haver arte." A boa literatura não pode ficar limitada a demarcações territoriais. Ela precisa expandir-se e atingir todas as províncias e metrópoles, de todas as nações e etnias.
"Se a memória se dissolve, o homem também se dissolve. A melhor história é aquela vivida e escrita pelo seu povo - e não pelos historiadores, pois enquanto aquele é testemunho e autêntico titular da vida em movimento, estes estudam e registram os acontecimentos mais na visão do Príncipe, que respeita o poder, como aprendemos nas lições de Maquiavel..."
"Pego nas mãos a balança da justiça e mostro os falsos pesos."
Leitor assíduo das obras de:
* Machado de Assis;
* Luis de Camões;
* Florbela Espanca;
* Italo Calvino;
* Edgard Allan Poe;
* Charles Baudelaire;
* Cláudio Manuel da Costa;
* Alvarenga Peixoto;
* Tomaz Antônio Gonzaga;
* Francisca Júlia;
* Auta de Sousa;
* Augusto dos Anjos;
* Emílio de Meneses;
* Guilherme de Almeida;
* Napoleão Valadares.
Enfim, a lista é copiosa que nem caberia aqui. _
A um possesso (Emílio de Meneses)
Passas. Ouço o rugir do vento que te leva.
Quando, da Arte, me ajoelho ao místico delubro,
Tu vens, lúbrico, harfango a crocitar na treva.
E o tarado eu diviso, o impotente eu descubro.
Alimenta-te a inveja. O despeito te ceva.
O ódio deu-te a voz rouca e deu-te esse olhar rubro,
Esse único clarão que do teu ser se eleva
E que eu, do meu orgulho, ao régio manto encubro.
Ainda! Beija-me aos pés a clâmide inconsútil.
Eu, piedoso, ta estendo ao desespero inerme.
Tu não és venenoso, o teu esforço é inútil.
O teu dente sutil não me passa a epiderme,
Ó fonte do banal, ó vertente do fútil!
Larva, tens o perdão. Tens a piedade, verme!
O melhor agradecimento a todos que me derem a honra da visita.