A vida é um leque,
Colorido, pintado de festa
Bruscamente se abre,
Suavemente se fecha:
Ou vice-versa...
E viver é esse ritual de sentidos
Ora contramão, ora via expressa
Seu mecanismo exige impulso
De desejos contidos
Às vezes demora, às vezes tem pressa
No entanto, a vida é sempre o agora,
O amanhã é para o que resta:
Para o que dá, para o que gora...
Se muito ou pouco
Tudo há de prestar,
Ainda que alegre ou triste...
A vida é um leque:
Fechado, esconde-se em riste,
Ponto de exclamação...
Aberto, salta-lhe as cores
Como as plumas de um pavão.