Querido pai, o senhor que sempre foi um homem da roça
Apegado a luta do gado ora faço-lhe essa
singela homenagem em versos de vaquejada.
Em nome dos seus filhos que ainda vivem Arlinda Aires Ivonilda Aires
Gildo Aires e eu Carlos Aires e em memória das que já se foram
Maria Das Mercês e Severina Brainer
COM SAUDADE DE PAPAI!!!
Papai eu lamento tanto
Por não tê-lo mais com vida
Me alimento de saudade
Depois da sua partida
O peito ainda sofre os danos
Já fazem trinta e dois anos
E não sarou a ferida
A morte arrancou-lhe a vida
Sem haver necessidade
Numa manhã de setembro
Fez essa barbaridade
Deus colheu aquele fruto
Deixando a gente de luto
Sofrendo a dor da saudade.
Pai o senhor na verdade
Não morreu dentro de mim
Pretendo mantê-lo vivo
Até que chegue meu fim
E afirmo na minha prosa
Que o senhor foi a rosa
Mais bela do meu jardim
Foi meu anjo querubim
Meu protetor e meu guia
Motivo pra meu orgulho
Causa pra minha alegria
A música pro meu embalo.
Ah! Quem me dera abraçá-lo
Hoje papai no seu dia.
Oh! Meu Deus como eu queria
Na minha estrada florida
Encontra-lo e abraçá-lo
Mas essa causa é perdida.
Queria que mesmo em sonho
Pudesse vê-lo risonho
E alegre como era em vida.
Papai com a sua ida
Eu junto aos manos meus
Jamais nos esqueceremos
Cada um dos gestos seus
E seus conselhos perfeitos.
Mas estamos satisfeitos
Por está junto de Deus.
Carlos Aires
11/08/2013