Esse poema dedico ao meu mestre,
meu gênio,meu saudoso pai!!
PELO DIA DOS PAIS!!!
Ah! Papai, até que enfim!
Hoje tive a alegria
De dizer em poesia
O que o senhor foi pra mim.
Das flores do meu jardim
Foi a mais formosa flor
Deu-me a paz interior
Que sinto em meu coração
Além da inspiração
Pra demonstrar seu valor
Foi o mestre, o protetor.
A fortaleza, o escudo.
E assim papai, quase tudo.
Que hoje sei, devo ao senhor.
Tratava-me com amor
Nunca me pôs em castigo
Não pretendo e não consigo
Esquecer o seu legado
Portanto meu pai amado,
Estará sempre comigo!
Foi o meu melhor abrigo
Em horas angustiantes.
Busquei em tantos instantes
Consolo em seu ombro amigo.
Desconhecia o perigo
Se estivesse do seu lado.
Com todo esse predicado
Impunha regras e normas
Buscando as melhores formas
De um pai hábil e dedicado!
Homem sério, respeitado.
E de larga experiência.
Graça a sua sapiência
Eu hoje estou preparado
Para entre o certo e o errado
Fazer clara distinção
Se a minha educação
Foi bem administrada
De cada aula ensinada
Absorvi a lição
Enfim com essa instrução
Que recebi na verdade
Pude ver que a humildade
É o mérito do cidadão
Que o bom censo e a razão
Engrandece cada ser
Que querer não é poder
Mas, é um fio de esperança
Que todo aquele que avança
Na luta, deve vencer.
Que ser feliz e sofrer
Faz parte da vida nossa
Que também não há quem possa
O destino destorcer
O que só pensa em poder
Só cuida da caixa-alta
Que o que muito se exalta
Termina desmoronando
E o que em uns tem sobrando
Noutros tá fazendo falta
Entre o palco e a ribalta
Papai foi o meu proscênio
Meu conselheiro, meu gênio
Foi prudente, foi peralta
Oh! Pai, como sinto falta
Desse olhar firme e jucundo
Ora ameno, ora profundo
Mas com sorriso na face
Fez que eu acreditasse
Que era o melhor pai do mundo.
Jamais esqueço um segundo
Cada um dos gestos seus
A muito já está com Deus
Sua ida calou fundo
Já mortiço moribundo
No momento do retiro
Quando a morte deu-lhe o tiro
Eu, pasmo fiquei ali
E pranteando assisti
O seu ultimo suspiro
É papai! Se hoje me inspiro
Pra construir meu poema
No senhor busquei o tema
Não só porque lhe admiro
Sinto no ar que respiro
O seu cheiro, a sua essência
Precisei de paciência
Pra poder me acostumar
A viver e encarar
A dor dessa sua ausência.
Diante tal ocorrência
Fez-se de Deus à vontade
Mas a malvada saudade
Mantém-se na insistência
Aceito essa permanência
Que dói, mas não causa danos
Sempre estará nos meus planos
Dando forças e incentivos
Pois tenho fartos motivos
Mesmo que chegue aos cem anos
Carlos Aires
09/08/2013