TEMPOS DE CRIANÇA!!!
A criancice é um tesouro
Guardado em nossa memória
Que vale mais do que ouro
Cada um tem sua história.
Porém minha meninice
Não foi de tanta meiguice
Mas, não deixou cicatriz.
Dela, já estou a distancia.
Não esqueço a tenra a infância
Tempo em que fui tão feliz
Jamais se ouvida o passado
Que viveu intensamente
Aquele sonho dourado
Permanece em nossa mente
Mesmo com o passar das eras
Essas saudosas quimeras
Ninguém consegue apagar
E em momentos saudosos
Instantes tão gloriosos
Vale a pena recordar
Eu mesmo, jamais esqueço
Da minha infantilidade
Daquele feliz começo
Resta a gostosa saudade.
Revivo os tempos risonhos
E esse mundo de sonhos
Que exibe tantas facetas.
Nesse baú de ilusões
Fui buscar os meus pinhões,
E as modestas carrapetas.
Os meus cavalos de pau
As pescas lá no açude
Toquei o meu berimbau
Brinquei com bolas de gude.
São essas recordações
Que traz-nos as emoções
De um viver tão inocente
Mas o tempo impiedoso
Por não ser tão generoso
Destorce a vida da gente.
Em outras ocasiões
Esse mundo era de mitos
Cheios de contradições
E contos tão esquisitos.
Invenções do bicho-homem.
Papa-figo, lobisomem.
Mãe-d’água, Bicho-papão
Saci-Pererê, Caipora.
Se andasse fora de hora!
Encontrava assombração.
Lembro as cantigas de roda
Pular corda, amarelinha.
Já estão fora de moda
Coelho na toca, adivinha,
Pega rabo, cabra-cega.
As brincadeiras de “pega”
Charadas e passa anel
Barbante (Cama de gato)
Eis o perfeito retrato
De uma infância de mel
Nesse pequeno exemplar
Da meninada sapeca
Inda faltou colocar
Estátua, pipa, peteca
Par ou impar, Bambolê
Eu não entendo o porquê
Esses brinquedos sutis
No outrora, tão queridos.
Hoje já estão esquecidos
Não mostram mais seus perfis.
Coisas do tempo imponente
Com suas inovações
Já contamos no presente
Com centenas de opções.
Os brinquedos eletrônicos
De modos simples, irônicos.
Trouxeram tais circunstancias.
E os avanços da ciência
Roubaram toda a essência
Típica, das nossas infâncias.
Carlos Aires 26/06/2013