Delírios Teus... Devaneios meus...
No fim de cada noite
No murmúrio do meu silêncio
Guardo teu abraço, teu cheiro
Meu amor banido
Na solidão do meu leito
na quietude de tua presença ausente
Preservo teus breves momentos
Minha miragem permanente
Tu não pediste licença
Para entrar em meu coração
Para ser sempre teu.
Tu vieste como chuva de verão,
Mansa, insinuante, passageira
Fizeste morada sem compromisso
Fiquei cativo... Que bobeira!...
Tomou meu ar, enlouquecendo
Meu eu, saíste da mesma forma
Que entraste, sem pedir licença
Adentraste minha epiderme
E como tatuagem, tua lembrança
Permanece, na pele, viva...
E no fim de cada noite
Continuo dizendo adeus
Desejando os delírios teus.
...E nos teus desatinos insanos
Mergulho, sem qualquer precaução
Afogando-me nos devaneios meus...
Demetrioluzartes
Denise Severgnini
Demetrioluzartes
Publicado no Recanto das Letras em 18/01/2008
Código do texto: T823209