UM ARCO-ÍRIS NO CHÃO
A saudade bate forte
Que o velho peito lateja
Madrugadas sertanejas
Porque ficaram pra traz?
Alvoradas tão serenas
As brisas doces amenas
Que vinham nos refrescar
Vinda da serra imponente
Que mandava de presente
Ar puro pra respirar.
Ouvia-se a melodia
Da diversa passarada
Que dava a ti! Madrugada
Um som que não se traduz
E aqueles fachos de luz
De brilhos incandecentes
Confundindo as nossas mentes
Com as fagulhas douradas
Se espalhando nas baixadas
Iluminando os cascalhos
Deixando gotas de orvalho
Num cenário colorido
Que pelo o sol refletido
Dava a fiel impressão
Que na Divina mansão
Deus tenha se descuidado
E ali deixou derramado
Um arco-íris no chão.
Ô saudade!!
Autor. Carlos Aires
14/03/2008