Medo de mim?
Medo do amor?
Medo dessas chamas que te queimam,
Que te consomem por dentro
E que nem a brisa gelada,
Nem essa chuva revoltada
Vão conseguir apagar?
De voltar a desejar e ser desejado?
De amar e ser amado?
De deixar acordar seu coração adormecido,
De deixar reviver,
De deixar voltar essa dor dilacerante?
Sim, dor… amar, também dói…
Mas medo… medo pra quê?
Medo de quê?...
De voltar a sonhar?
De abrir teus olhos, tristes,
E reencontrar a luz do meu olhar que…
Do meu olhar que te busca incansavelmente?
Deixar de ser livre?
Mas será que o és?...
Será que o foste um dia?
De seres tu novamente e
De renascer para a vida?
A vida que tu deixaste passar por ti…
Ou foste obrigado a deixar passar…
Mas medo… medo pra quê?
Medo de quê?
Medo de me sentir,
De sentires meu corpo…
Ardendo por ti…
Um vulcão prestes a eclodir…
Medo de quê?
Medo de viver…
Em 10.02.2010