Como um espelho partido e esquecido no chão…
Foi assim que me deixaste no dia em que transformaste
Meu coração em mil pedaços…
Fiquei vazia…
Vazia de sentimentos…
Vazia de alma…
Vazia de ti…
Não quebraste apenas o meu coração.
Quebraste também o meu corpo.
Esse corpo…
Esse corpo que tantas vezes usaste,
O corpo com o qual tanto saciaste
Esse teu desejo unicamente carnal…
O corpo que muitas vezes deixaste esquecido debaixo do lençol…
Deixaste-me só…
Levaste o meu amor próprio,
Levaste o meu chão…
Deixaste uma mulher triste,
Amargurada e nua…
Mas não um nu físico…
Deixaste-me nua de esperança,
Nua de espírito…
Com medo de me partir,
Pois levaste também a minha vontade de amar de novo…
Agora, esta alma vazia e fria
Não tem sonhos, não tem anseios…
Só receios…
Esta alma que desprezaste … desapareceu…
Resta uma montanha de estilhaços
De tão grande que era a alma
Que, um dia, tu quebraste…
Restou… Restou uma alma quebrada…
Em 05.02.2010