NA MINHA TERRA EXISTIA
HOJE PROCURO E NÃO TEM...
No meu agreste de outrora
Tanta coisa eu conhecia
Diferente de hoje em dia
Seja na fauna ou na flora
Do antes para o agora
A mudança se ver bem
Não se escuta o vem-vem
Cantar sua melodia
Na minha terra existia
Hoje procuro e não tem
Não se ver o rouxinol
Nos galhos da umburana
Nem a cobra caninana
Vagando no pôr - do- sol
Pra cantar no arrebol
Os passarinhos não vêm
A alvorada, porém
Não tem aquela alegria
Na minha terra existia
Hoje procuro e não tem
Eu me lembro do sabiá
Do nambu e da perdiz
O canário e o concriz
Furão, raposa e preá
Macambira e caroá
Pra procurar não convém
Se perguntar a alguém
Nos diz que nem conhecia
Na minha terra existia
Hoje procuro e não tem
Feijão – de- boi, mororó
Babosa e erva- de- umbu
Pau-carrasco mulungu
Jurema branca, icó
A mãe - da - lua e o socó
Ninguém sabe mais se vem
Até parece um desdém
Que acaba a nossa alegria
Na minha terra existia
Hoje procuro e não tem
Autor. Carlos Alberto de Oliveira Aires
Carpina, PE. 08/03/2008
Contato: euaires1@hotmail.com
(81) 3621-0948
( COMEMTÁRIO DE PEDRO ERNESTO FILHO)
Visitei minha cidade
o lugar onde eu nasci
o que procurei não vi
por isto senti saudade
fui ver a localidade
que tinha estação do trem
mas não encontrei ninguém
do povo que eu conhecia
na minha terra existia
hoje procuro e não tem.
Aires, mote autêntico, merecedor de aplausos. É um septassílabo acadêmico, perfeito, sonoro, bom de rimar e que oferece amplitude na sua temática.Você discorreu muito bem ao organizar suas estrofes. Parabéns pela criatividade. Pedro Ernesto Filho.
Enviado por: Pedro Ernesto Filho em 07/08/2008 21:24