As rugas que aparecem
Entre nós os seres humanos
Transfiguram as nossas faces
Levando-nos aos desenganos
Deixando-nos em desvantagens
Resultado da passagem
Da fúria ingrata dos anos
O tempo é quem se encarrega
Da transformação sem graça
Leva nossa juventude
E por mais esforço que faça
Tentando se disfarçar
Ou ao menos amenizar
Um pouco da aparência
Fracassa tudo que tenta
E as rugas só aumentam
Precisa ter paciência.
E como por ironia
Que nos fizesse o destino
A vista se distancia
Por conta do cristalino
Pra longe até que ver bem
Quando é pra perto, porém
Ver a coisa ficar preta
Coloca o papel distante
Pra ler não é o bastante
Fica fazendo “careta”
Inventa qualquer desculpa
Não encara a realidade
De está assim não tem culpa
É só ter dignidade
De saber envelhecer
E não querer esconder
A transformação da idade.
Autor: Carlos Alberto de Oliveira Aires
Carpina – PE. 08/05/2008
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