SALMO 95
“Vinde, cantemos ao SENHOR, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação.
Saiamos ao seu encontro, com ações de graças, vitoriemo-lo com salmos.
Porque o SENHOR é o Deus supremo e o grande Rei acima de todos os deuses.
Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes lhe pertencem.
Dele é o mar, pois ele o fez; obra de suas mãos, os continentes.
Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou.
Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão.
Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto, quando vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, não obstante terem visto as minhas obras.
Durante quarenta anos, estive desgostado com essa geração e disse: é povo de coração transviado, não conhece os meus caminhos.
Por isso, jurei na minha ira: não entrarão no meu descanso.”
Partes deste salmo são citadas no texto de Hebreus 3.7-11; 15; 4.7.
O autor de Hebreus se valeu deste salmo para ilustrar e afirmar que a incredulidade impede a entrada no descanso do Senhor, que é Ele próprio.
Os israelitas cujos corpos ficaram prostrados no deserto, durante a jornada de 40 anos rumo a Canaã, nos dias de Moisés, provaram que eram incrédulos, pelo comportamento deles, provocando e tentando o Senhor, colocando-o à prova por diversas vezes, para que mostrasse que Ele estava de fato no meio deles, porque consideravam que Ele estivesse ausente em razão das dificuldades que estavam enfrentando.
Por esta razão é afirmado que aqueles que são de Cristo estão identificados com os Seus sofrimentos e não duvidarão do Seu amor e bondade para com eles, por causa das aflições que experimentam neste mundo por amor ao Seu nome e ao evangelho.
Estes que se rebelam contra o Senhor por causa dos seus sofrimentos, e que vivem sempre à busca de que seja feita a sua própria vontade, segundo os seus interesses egoístas, nunca poderão conhecer os caminhos de Deus.
Aqueles que se recusam a tomar o jugo de Jesus não podem experimentar o descanso que Ele pode e quer nos dar quando estamos sobrecarregados e cansados pelas circunstâncias difíceis desta vida, conforme sua promessa em Mt 11.28-30.
Não é dado a nenhum cristão, pela vontade de Deus, que venha a apostatar da fé e a ter um coração mau e infiel, porque Ele é digno de receber honra, glória, louvor e paciência e perseverança em todos os nossos sofrimentos por amor a Ele.
Não fazê-lo é imputar-lhe uma grande desonra, porque afirmamos por nosso comportamento infiel que Ele não é poderoso, bondoso e fiel para nos guardar e consolar.
Deus não se agrada portanto daqueles que se aproximam dEle apenas com a expectativa de receberem coisas para gastarem em seus próprios interesses, mas daqueles que se dispõem a receberem crescimento dEle para que possam servi-lo.
Por isso, para prevenir uma possível apostasia, o salmista começa esta salmo convidando o povo a cantar ao Senhor com júbilo e a celebrá-lO porque é o Rochedo da salvação do seu povo.
Ele deve ser buscado com ações de graças e louvado com salmos; porque é o Deus supremo e o grande Rei acima de todos os deuses. Ele é o Criador que sustenta todas as coisas.