Deus Requer Santificação aos Cristãos 11

Publicado por: Silvio Dutra Alves
Data: 18/11/2021
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Texto: Silvio Dutra Voz: Silvio Dutra

 

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Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?  O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. [I Co 15: 53-57]

 

 

A vitória obtida por Jesus na cruz, não é para ser experimentada por nós somente no porvir, mas também durante a nossa jornada terrena, pois Ele veio para que tivéssemos vida em abundância.

As boas promessas de Deus para nós se cumprem por meio da nossa fé nEle, e é em razão disso que devemos crer, ainda que contra a esperança, assim como se deu com aquele que se tornou para nós o modelo para a nossa fé, a saber, Abraão.

Ele creu no cumprimento fiel do que lhe fora prometido, ainda que as circunstâncias e evidências apontassem para a impossibilidade do citado cumprimento, mas pela fé em Deus, sabendo que Ele sempre é fiel e poderoso para cumprir o que nos tem prometido, Abraão creu sem vacilar, e recebeu a promessa.

Assim que, não raro, sempre que o Senhor nos faz promessas condicionadas à nossa fé na Sua fidelidade, isto será acompanhado por oposições levantadas especialmente da parte de Satanás, para nos levar a duvidar ou desistir de esperar pelo cumprimento do que nos foi prometido, porém isto nos vem com a permissão de Deus, para que sejamos provados quanto à nossa fé na Sua fidelidade.

Então, sabendo disso, importa sempre afirmar a fidelidade do Senhor, e repelir as mentiras do diabo e da nossa carne fraca, e a bênção virá a nós a seu tempo, depois que tivermos vencido tudo pela fé.

Além disso, devemos estar conscientes de que Deus acrescenta promessas de bênçãos para nos incentivar em nossa obediência a Ele, sobretudo no que se refere ao cumprimento fiel do nosso ministério.

 

Devemos considerar que a santidade não se limita a esta vida, mas passa para a eternidade e glória. A morte não tem poder sobre ela para destruí-la, ou nos despojar dela; porque:

(1) Seus atos são de fato transitórios, mas seus frutos permanecem para sempre em sua recompensa. Aqueles que morrem no Senhor descansam de seus labores, e suas obras os seguem. [Ap 14:13]

Deus não é injusto para esquecer seu trabalho de amor. [Hb 6: 10]

Nem mesmo dar um copo de água fria por ser  discípulo de Cristo, não será esquecido na lembrança eterna, e permanecerá para sempre em sua recompensa eterna.

Nada será perdido, mas todos os seus fragmentos serão recolhidos e mantidos a salvo, para sempre. Todo o resto, por mais especial que seja neste mundo será queimado e consumido, como feno e restolho [1 Co 3: 12] - quando o menor, o mais humilde, o fruto mais secreto da santidade será colhido como ouro e prata, substâncias duráveis no tesouro de Deus, e se tornará uma parte das riquezas da herança dos santos na glória.

 

Que nenhuma alma tema a perda de qualquer trabalho, em qualquer dos deveres de santidade na mais secreta luta contra o pecado, para a pureza interior, e a fertilidade externa, na mortificação do pecado, resistência a tentações, melhoria da graça, com paciência, moderação, abnegação, contentamento - tudo o que você sabe e o que não sabe será revivido, lembrado e permanecerá eternamente em sua recompensa.

Nosso Pai, que agora "vê em secreto", um dia recompensará abertamente, e quanto mais abundarmos nessas coisas, mais Deus será glorificado na recompensa futura.

Mas, não é só isso que é pretendido.

 

(2) A santidade permanece para sempre, e passa para a glória em seu princípio ou natureza. 

O amor com o qual agora aderimos a Deus, pelo qual obedecemos mediante a fé para com os santos, não falha, não termina quando a glória chega, mas faz parte dele. [1 Co 13: 8]. 

Deus é amor e o amor jamais acabará. O amor é o cimento que nos liga uns aos outros e a Deus, e é principalmente observável quando um membro do corpo sofre e todos sofrem juntamente com ele.

E nisto, nos referimos aos muitos membros que compõem a Igreja. Quando um enfraquece, todos se sentem também enfraquecidos. É somente quando o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, que podemos ter esta forma abençoada de sentir, pela qual se prova que estamos de fato, ligados e unidos uns aos outros, quer para sorrir, chorar ou sofrer.

É verdade, que alguns dons serão eliminados como inúteis em um estado de perfeição e glória, como o apóstolo discute ali; e algumas graças cessarão, quanto a alguns atos especiais e exercício particular deles, como a fé e esperança, na medida em que respeitam às coisas invisíveis e futuras, mas todas aquelas graças pelas quais a santidade é constituída, e em que consiste quanto à substância, contêm a imagem de Deus - estamos unidos a Deus, em Cristo, pois elas permanecerão para sempre em sua natureza presente sendo trabalhadas, até a perfeição.

Em nosso conhecimento delas, temos a visão principal,de nossa condição eterna na glória; e assim como esta é um firme fundamento de nossa consolação, por isso é uma parte de nossa maior alegria neste mundo. 

 

Não é uma questão de indizível alegria e refrigério, que esses pobres corpos que nós carregamos depois de terem sido feitos presas da morte, poeira, vermes e corrupção, serão ressuscitados e restaurados à vida e imortalidade, livres da dor, doença, fraqueza e cansaço, revestidos dessas qualidades, em conformidade com o corpo glorioso de Cristo, que ainda não entendemos?

Isso é também verdade, que essas almas que agora animam e governam em nós, serão libertadas de todas as suas trevas, ignorância, vaidade, instabilidade e alienação das coisas espirituais e celestiais, mas isso não é tudo.

Essas pobres graças baixas, que agora vivem e estão agindo em nós serão continuadas, preservadas, purificadas e aperfeiçoadas, porém em sua natureza, elas serão as mesmas que são agora, como nossa alma e corpo serão.

Esse amor pelo qual agora aderimos a Deus, como nosso maior bem; aquela fé pela qual estamos unidos a Cristo, nossa cabeça eterna; aquele amor e boa vontade que temos para todos aqueles em quem o Espírito reside, e em quem a imagem de Cristo permanece com todo o princípio da vida espiritual e santidade, que agora começou em qualquer um de nós, será completamente purificado, aprimorado, aperfeiçoado e passará para a glória.

 

Essa mesma santidade que alcançamos aqui, essas inclinações e disposições, esses quadros da mente, os poderes e habilidades em obediência e adesão a Deus, que lutam aqui, com o peso de sua própria fraqueza e imperfeição, e com a oposição que é continuamente feita contra eles pelo corpo de morte, que deve ser totalmente abolido, será gloriosamente aperfeiçoado em hábitos imutáveis, levando de forma imutável nossa alma no desfrute de Deus - isso também mostra, quanta preocupação é para nós estarmos familiarizados com a doutrina da santidade, e quanto mais devemos estar realmente interessados nela. 

E, muito mais interessado em nos ensinar a verdadeira doutrina sobre a santidade está o próprio Deus, que para este fim prometeu e levantou ao longo da história da igreja, vários pastores para ensinarem aos crentes em que consiste a santificação e como devem ser santificados - eles o deixaram registrado para nós, em tudo o que escreveram a respeito do modo como devemos andar na presença do Senhor.

"Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência". [Jer 3: 15]

 

 

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Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 25/10/2021
Reeditado em 24/11/2021
Código do texto: T7371456
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