Sem Santificação Ninguém Verá
o Senhor Jesus 4
Os apóstolos muito se empenharam em exortar os crentes, à busca de uma santificação completa, do corpo, da alma, e do espírito, como se vê, por exemplo, em I Tes 5: 23.
Eles haviam aprendido isto, diretamente de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela operação do Espírito Santo neles, capacitando-os com dons e graças extraordinários, para o desempenho do ministério que deveriam cumprir.
Eles haviam aprendido por experiência própria, que o vaso que Deus usa deve, não apenas ser um vaso para honra, como também estar devidamente limpo do pecado - e nada disso é possível, sem uma consagração real de toda a nossa vida a Deus, para que não nós, mas Cristo viva em nós.
Nós vemos isto sendo expressado direta, e claramente no texto.
“Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra”.
“Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra.” I Tim 2: 20, 21
O apóstolo Pedro nos mostra o caminho para a purificação do pecado, e a santificação, que nos torna úteis para sermos usados por Deus, com as seguintes palavras:
"5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento”;
“6 com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade”;
“7 com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor”.
“8 Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.” [II Pedro 1: 8]
O apóstolo Paulo definiu no texto de, II Timóteo 2, o objeto a ser buscado e seguido; e o apóstolo Pedro, no texto anteriormente citado desdobrou este objeto, mostrando que ele é composto por partes concorrentes, ou graças, que se seguem umas às outras e são absolutamente necessárias para o nosso amadurecimento espiritual.
Tanto Paulo quanto Pedro destacam a necessidade de santificação, para a frutificação na obra de Deus. Então, não basta dizer ou pensar: “vou me consagrar a Deus”, e buscar isso pelo que se pense em que consista esta consagração.
Seria somente orar, jejuar, participar dos cultos públicos etc.?
Ou há pontos importantes a serem aprendidos, para serem devidamente aplicados à nossa vida?
A vida cristã consiste sim, em muitas coisas, mas nenhuma delas exclui a necessidade de se prosseguir no conhecimento e prática da vontade de Deus para conosco - isto demandará, não apenas conhecimento da verdade revelada na Bíblia, como também ter a experiência real destas coisas reveladas, no que couber e for necessário, em nossa própria conduta; de forma que as virtudes citadas por Pedro, devem ser desdobradas.
Por exemplo; ele fala neste texto, de paciência, mas somente falará mais adiante, como falou em sua primeira epístola, que esta é forjada, sobretudo pelas tribulações - isto ele aprendeu por experiência própria, conforme viu na vida de Jesus, que nos ensinou com palavras e Seu próprio exemplo, qual é o modo de se viver para Deus; com renúncia a todas as coisas, inclusive a pessoas amadas e, até à nossa própria vida, em completa abnegação à nossa vontade, para que não a nossa, mas a de Deus seja feita por nós.