O VIOLÃO (MONÓLOGO)
01 - Olá amigo Violão. Os meus dedos esquerdos choram e sorriem de alegria ao mesmo tempo, quando estão passeando felizes no teu braço.
02 - Vão pulando de traste em traste, apertando as tuas cordas em movimentos intermitentes e rápidos, mas suaves, sentindo também a tua vibração.
03 - Igualmente os meus dedos direitos amam te tocar e te alisar com carinho te fazendo cantar alto ou baixo, extraindo de ti o melhor som para
ouvidos apurados e sensíveis.
04 - Olha caro Violão, tenho certeza de que tu gostas das minhas mãos que são apaixonadas por ti.
05 - Por isso permites e correspondes cantando alegremente em todos os tons, ritmos e melodias quando os dedos te tocam.
06 - Não tens preconceitos de cor, de raça, de religião; não tens vocação por agremiações políticas e desportivas. Tenho certeza absoluta que nestes itens tu és perfeito.
07 - Consegues agradar todos os que estão ao teu redor. Simples assim: Tu és “O VIOLÃO”.
08 - Apenas segues o teu curso cantando ou chorando mansinho e baixinho; ás vezes um pouco mais alto, tudo de acordo com quem está contigo nos braço te acariciando.
09 - Tu, caríssimo Violão, não reclamas de nada, não esperneia e nem sai por aí alardeando tristeza.
10 - Tudo porque nasceste apenas para nos brindar com a tua magia e para nos alegrar até nos momentos tristes.
11 - Enfim, tu és o querido, Violão. Falo isso sem medo de errar e de ser feliz.
12 – És sim, o meu melhor amigo e de todos os violonistas e enquanto ser humano, posto que seja um instrumento do bem, do amor e da paz capaz de agradar gregos e troianos.