A flor irascível desabrocha a ermo
Impugna amores vãos
Vão-se promessas e vis desterros
A infinitos rancores senão
A pétala que destila ranhuras
Professa e transgride o perdão
De mentes dementes ignóbil loucura
Fruto perene de breve paixão
Adverso contraste, infeliz cura
Destrói e determina ação
Infelizes, festejam luxúrias
Destarte finita a doce ilusão
Restou-lhes poeira e fúria
Silêncio revolvem aflições
O mundo repulsa doçura
Os ardis de malditos varões
Ó mãe que reina nas alturas
A ti elevo meus olhares
Imaculada que protege e perdura
A quem exalta nos altares
Perdoai, ó Pai, o ódio conosco
Os surdos que recusam Vossa voz
A mim, miserável desgosto
O Amor que ab-rogas deposto
Senhor, rogai por nós.