Onde as tristezas se encontram
fingindo ser alegria
em busca de companhia,
os corações solitários
seguindo o mesmo calvário
do descerrar das cortinas,
lindas meninas mulheres,
tristes mulheres meninas.
E a noite vai se arrastando
ao som de antigos boleros
executivos austeros
perdem a gravata e o pudor.
Pra completar o cenário
os ébrios tristes soluçam,
debruçam tantos enredos,
tantos segredos de amor.
Tenta o poeta uma rima,
mas qualquer tema é banal
e a bailarina entra em cena,
triste e cruel ritual
Rola o champanhe barato,
enquanto o dia não vem...
Ninguém se ama de fato,
ninguém pertence a ninguém. TAMBÉM EM ÁUDIO.