INSPIRADO NO GALO DE CAMPINA!!!
Galo campina,
Esse teu cantar charmoso
Lembra o outrora saudoso
Na fazenda em que nasci
E essa lembrança
Tão singela e tão modesta
Traz a tona à linda festa
Das alvoradas dali
Tu meu campina,
Ainda parda a madrugada
Acordava a passarada
Com estalos colossais
E obedecendo
Teus chamados fervorosos
Dando gorjeios saudosos
Se escutava os sabiás
E sonolento
Dava o seu grito o concriz
Acordando os bem-te-vis
E o xexéu de bananeira
Enquanto isso
Já cantava tão gabola
A patativa de gola
Lá no alto da palmeira
E o canário também
Deixava seu ninho
Junto aos demais passarinhos
Cantava sua canção
O inhambu, piando lá pela margem
Do riacho e na ramagem
Declamava o azulão,
Os pintassilgos
Papa-capins juritis
Traz encanto pro matiz
Do alvorecer no sertão
E a neblina
Vestindo de branco a serra
Quanta beleza se encerra
Nas brenhas do meu torrão
E na montanha
Que fica ali bem ao lado
Vem surgindo o sol dourado
Espalhando seu tesouro
Pelas campinas
Pelos vales e baixadas
Cobre o prado com camadas
Finas de um manto de ouro
E as sete cores
Que tem no arco-celeste
Se espalham no vasto agreste
Formando a linda paisagem
É o orvalho
Com a luz que contracena
Trazendo beleza plena
Dando esplendor na pastagem
Pra descrever
Essa orquestra tão divina
Foi o galo de campina
A fonte de inspiração
Sendo poetas (BIS)
Temos vidas peregrinas
Vamos cumprir nossas sinas
Exaltando esse Sertão
Carlos Aires 25/07/2010