Os ventos do Jaguaribe
Galopam no meu coração
Varrendo as terras agrestes
Lá longe a cigarra canta
Anunciando que a seca vem
Mas o Jaguaribe
Não se entrega não
Um ano é seco
No outro ribumba o trovão
Trazendo a chuva
Que molha a plantação
As águas do Jaguaribe
Recebem o Banabuiú
Agora é canto de cururu
Alegra o roceiro
Que tava jururu
Não canta mais a cigarra
É brilho nas manhãs
Nem se ouve mais
O canto das acauãs
É festa é fartura é natureza
É a barra quebrando na barriguda