O LUAR DO SERTÃO HOJE SERIA...

O LUAR DO SERTÃO HOJE SERIA EXALTADO POR ELE NOVAMENTE!!

O LUAR DO SERTÃO HOJE SERIA

EXALTADO POR ELE NOVAMENTE!!

Esse mote foi transcrito do livro de Diniz Vitorino intitulado “O Ídolo que não Morreu”.

É uma alusão a Catulo da Paixão Cearense e ao poema que o imortalizou “Luar do Sertão” o autor do mote não foi citado no livro, a bela estrofe que encabeça esse trabalho e do grande poeta de saudosa memória Joaquim Vitorino, (Pai de Diniz Vitorino também poeta e já falecido) e do poeta Lourinaldo Vitorino, as glosas seguintes são de Carlos Aires a pedido de Gildo Aires do “Pé-de-Porco do Gildo” no Bairro Rendeiras em Caruaru PE.

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“Se Catulo voltasse ao Ceará

Envolvido num manto aureolado

E visse o pássaro pequeno embriagado

No perfume da flor do manacá

Escutasse o saudoso sabiá

Assustado cantar nervosamente

E a lua tremendo no nascente

Levantar-se por trás da serrania

O luar do sertão hoje seria

Exaltado por ele novamente”

Joaquim Vitorino

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A pedido de Gildo Aires eu fiz assim!

Retornando a “Terra de Iracema”

Meditando em qualquer das belas praias

Ao som estridente das jandaias

A servir-lhe de inspiração e tema

Não teria empecilho e nem problema

Pra fluir belos versos certamente

Pois da fonte que jorra essa vertente

Uma ode decerto surgiria

E o luar do sertão hoje seria

Exaltado por ele novamente”

Ver de novo o crepúsculo vespertino

Apagar no horizonte o sol exausto

Nu momento hilário meigo e fausto

Prazeroso sublime, tão divino

Quando um manto de prata cristalino

Desvirgina o céu no oriente

E diante a visão tão envolvente

O poeta sequer cogitaria!

O luar do sertão hoje seria

Exaltado por ele novamente.

Quando um dia Catulo da Paixão

Num poema louvou a lua bela

Descrevendo a candura que viu nela

Atingiu com requinte a perfeição.

Mas, se agora em noite de verão

Ele visse o clarão incandescente

Despontando, brilhante e reluzente

No fluir dessa cena que extasia

O luar do sertão hoje seria

Exaltado por ele novamente.

Ou talvez amargando o dissabor

Ao ver que o encanto dessa musa

Não está mais presente e nem inclusa

Nos poemas românticos de amor

Esse nobre poeta trovador

Num momento de inspiração fluente

Em protesto ao quadro deprimente

Outra bela epopeia ali faria

E o luar do sertão hoje seria

Exaltado por ele novamente

Carlos Aires

07/11/2013