O que há de ser do amanhecer que vê o sol de si divorciado?
É como o sangue viciado abstinente do que move sua loucura
Como o açúcar sem doçura, como paredes desprovidas de telhado
É como quem se perde e nunca é achado, é como pele sem textura!
Se a vida fosse igual à morte, se toda elevação rumasse em descida
Como chegada semelhante a uma saída, como fraqueza de algo forte
Seria como diretriz sem norte, como conquista vencida
Como adesão não obtida, como fortuna sem sorte!
Se houvesse algum valor num corpo flácido sem alma
Seria o permanente trauma e o acidente infinito
Um cair vazio irrestrito de um grito sem calma
Uma condenação que finge que salva e a guerra de um coração aflito!
Pense-me sem todos os imprescindíveis, mas nunca me cogite sem ti
Porque preciso existir e dependo de meu ar mais inegável
Sem ti sou trapo deplorável, um multiplicado subtrair
Sem ti sou castelo a ruir, sou a imagem do inimaginável!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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