Caiu uma mosca na minha cerveja
O garçom negligente não quis nem saber
Na porta tanquilo um cão ressonava
E o dono gritava detrás do balcão,
Mais uma birita ali pro amizade
Quem sente saudade precisa beber
O freguês do lado sorriu displicente
Fez cara inteligente e filosofou:
-A vida é um eterno rosário de dor
Na mesa da ponta um mulato atrevido
jogava palitos com um sarará
e um velho indecente contava anedotas.
Não viu que o ambiente é familiar
Que moço educado não cospe no chão
Não pede fiado, não diz palavrão.