AS QUATRO FASES DA VIDA!!!

Quatro fases de forma diferente

Cada uma guardamos na lembrança

A primeira é o tempo de criança

Na segunda se torna adolescente

Na terceira madura e consciente

É a fase da bela juventude

Onde o jovem é forte e tem saúde

Referência de amor e de meiguice

E a quarta das fases é a velhice

Que nos leva de encontro ao ataúde

Como é lindo nascer uma criança

Vem a luz tão pequena tão singela

Cada dia se torna meiga bela

Mais alegre mais cheia de esperança

Os seus pais representam confiança

Perto deles se sente tão segura

Esse ser tem a alma límpida, pura

Sem maldade, um viver tão inocente

Pela vida caminha vagamente

É um mar de encanto e de ternura

Mas o tempo não pára isso é verdade

Esse ser logo cresce e de repente

Já está se tornando adolescente

E começa enfrentar a puberdade

É possível sentir dificuldade

Quando sente no corpo essa mudança

De súbito deixar de ser criança

Descobrir sua vida em outros planos

Pesadelos, desejos, desenganos

Incertezas insônia e insegurança

Desabrocha no peito uma flor

Nesses jovens tão cheios de desejos

Um casal se envolve em muitos beijos

Na delícia atraente do amor

E depois de sentir esse sabor

Pensam logo nos laços da união

Pois no corpo, quem manda é o coração

Só se faz o que ele determina

Não se pode mudar a lei divina

Nem a doce armadilha da paixão

Nessa fase, já está quase seguro

Forte e pronto pra o que der e vier

Logo sai à procura do que quer

Segue em frente em rumo ao futuro

Já é dono de si, está maduro

Pra tomar qualquer uma decisão

E na vida seguindo pela mão

Na estrada andando com cuidado

Devagar pra não ser atropelado

Pelo carro sem freio da ilusão

E depois do futuro garantido

Cada um já ciente do que quer

Se for ele, procura uma mulher

Se for ela, procura um marido

Atingidos com a flecha de Cupido

Envolvidos nos laços do amor

Embriagam-se sentindo esse sabor

Logo casam e formam a sua prole

Enfrentar essa vida não é mole

É preciso ter garra e ter pudor

Essas fases vividas com meiguice

Onde o amor e os desejos lhe são francos

Depara-se com alguns cabelos brancos

É o início da fase da velhice

Mas, nem liga achando que é tolice

Logo arranca esses pêlos, aí vêm mais

Prateando-lhe a fronte, ele jamais

Vai de novo ver pretos seus cabelos

Para a tinta, faz os seus apelos

Mas, não ficam iguais aos normais

Certo dia, sentindo uma aflição

Vai ao médico, pois já se sente mal

O doutor lhe proíbe comer sal

Por está alterada a pressão

Proíbe-lhe comer açúcar e pão

Que a glicose subiu, é diabetes

Na dieta infernal ele se mete

Para assim enfrentar a sobrevida

Tem que ser rigorosa e bem cumprida

Senão toda essa história se repete

Cada dia que passa é mais um dia

Que se acha mais fraco, mais doente

Os prazeres da vida já não sente

A tristeza matou sua alegria

Sua dor se transforma em agonia

Quando a morte malvada lhe procura

Dando fim para aquela criatura

Só lhe resta um grupo de amigos

Levar-lhe em cortejo aos jazigos

Para em paz repousar na sepultura

Autor: Carlos Alberto de Oliveira Aires

Carpina-PE 24/11/07