MORADORES DA CIDADE DO SILÊNCIO...
Construída de tumbas sepulcrais
A tristeza e o silencio predominam
É ali o lugar onde terminam
O orgulho e o ímpeto dos mortais
Moradores dali são todos iguais
Estão do mundo dos vivos excluídos
Mesmo estando em túmulos construídos
Que expressam o luxo e a riqueza
Onde o mármore expõe sua beleza
Bem ornado com vasos de cristais
O que mora ali já não tem mais
Pompa luxo riqueza e nem assunto
Embalado num féretro é defunto
Que inerte no solo o corpo jaz
Pra que possa ali ficar em paz
O cortejo que o trouxe com carinho
Foi embora e ficou ali sozinho
Pois daquele só resta à lembrança
Se acaso deixou alguma herança
Muito breve estará tudo dividido
E o ex-dono encontra-se esquecido
Relegado a um segundo plano
Essa vida da gente é um engano
Quando a morte chegar fica restrita
Aos parentes fazer-lhe uma visita
Tão somente uma vez por cada ano.
Autor: Carlos Alberto de Oliveira Aires
Carpina – PE. 29/04/2009
(081) 3622-0948