Eu e a droga_anos80_90_e_200_II
Depois de ter experimentado a droga, Haxixe,
Minha ânsia por novos mundos levou-me a
Consumir grandes doses e desta vez sempre
Sozinho (a droga torna-nos egoístas o bastante
Para pensar-mos que somos únicos à face
Da terra).
Cedo também percebi que era uma droga que
Vendia bastante, que tinha muita procura. Daí
Decidi-me pela sua comercialização, pois essa
Era uma forma bastante rentável de rendimento,
Assim como dava para eu fazer o meu consumo –
Já excessivo – do poderoso alucinante.
Assim foi que fui tomando a droga até esta se
Tornar banal, a ponto de levar-me a
Alucinações e a certos distúrbios mentais.
Enquanto no primeiro ano tudo era
Uma festa e a saída com os amigos uma constante,
Onde rir era um passatempo digerido e aceite
Pelo organismo,
Depressa tudo se tinha tornado numa angustia
E sair à rua era um desafio (encostava-me às paredes
Com medo de fantasmas, de ser agredido por
Alguém que não via).
A droga fazia o seu progresso natural e eu não
Tinha como comandá-la.
Fizera os 17 anos de idade, à pouco tempo,
Quando me decidi a deixar o haxixe e a buscar
Novas experiências com outra (s) droga (s).
A oportunidade surgiu em forma de cocaína,
Injectável.
Informação:
Cocaína: (Folha de coca); Modos de administração: (E.v., inalada, oral, crack);
Tolerância: (Mínima); Dependência: Psiq: (Grande); Física: (Pequena)
Duração dos efeitos: (2 horas); Uso habitual: (Midríase, auto-confiança, euforia,
Flash, necessidade de repetição do consumo); Efeitos: Sobredosagem – Overdose:
(R. ansiosa aguda, irritabilidade, sintomas paranóides, alucinações: psicose cocaínica); A Longo Prazo: (Ulceração do septo nasal, criminalidade, risco de psicose
alucinatória – dermatozóica-ectoparasitas – e de quadros paranóides.
Notas tiradas do livro, Deixar a Droga – tratamento para os anos 90.
Do especialista e médico, Domingos Neto.
Jorge Humberto