Saudação a Fernando Pessoa
Fernando Pessoa, Patrono da Cadeira nº 1 da ALAPG Academia de Letras e Artes de Praia Grande- SP e Patrono de Lita Moniz, Acadêmica Titular Fundadora, 1ª presidente da ALAPG Academia de Letras e Artes de Praia Grande - SP, Professora Titular de Língua Portuguesa e Literatura em escolas Estaduais e Municipais, autora de alguns livros.
Fernando Antônio Nogueira Pessoa-nasceu em13-06-1888 em Lisboa.Com cinco anos ficou órfão de pai, dois anos depois sua mãe casa-se com um militar escolhido para ser Consul na África do Sul.
A Língua inglesa, a formação cultural e social daquela colônia inglesa foi-se juntando em Fernando Pessoa a princípios nacionalistas e ideais da cultura Portuguesa em geral.
Retorna em 1905, com 19 anos, para ingressar no Curso Superior de Letras em Lisboa, que abandona pouco depois dizendo que ali pouco tinham para lhe ensinar.
Sua vida literária segue como escritor independente com publicações na Revista Águia, dirigida por Teixeira de Pascoaes. Junto com Mário de Sá Carneiro, Almada Negreiros e outros poetas sensacionistas inicia-se o movimento modernista em Portugal.
O grande Marco da moderna poesia portuguesa, se dá em 1915 com a publicação da Revista Orfeu, uma espécie de porta voz dos precursores do modernismo em Portugal, no nº1 Fernando Pessoa publica “ O Marinheiro “ (drama estático ) e do heterônimo Álvaro de Campos, poeta futurista, Opiário e Ode Triunfal .
A segunda e última edição de junho de 1951 apresenta de Álvaro de Campos Ode Marítima e Chuva Oblíqua.
Embora em meio a violentas reações à semelhança da Semana da Arte Moderna no Brasil a revista Orfeu causou espanto, acirrou ânimos, provocou contestações: Em Portugal o “Romantismo” vestiu aquele povo com uma alma nova, cristalizou a ascensão da burguesia, o Realismo e o Simbolismo a seu modo confirmaram esta ascensão.
O modernismo estava ali batendo à sua porta. Em todas as classes sociais havia aquela rejeição que de nada adiantou. O movimento modernista já estava lançado e tinha que seguir seu curso.
As ideias ali defendidas davam início ao Modernismo português.
Passamos agora para a Heteronímia em Fernando Pessoa; para o autor seria o grau mais elevado da escala poética: a consciência da pluralidade, as várias personalidades vividas pelo poeta em seu mundo interior.
“Sê plural como o Universo”, “Sinto-me múltiplo” Dessa múltipla personalidade ia surgindo Fernando Pessoa Ortônimo, ou seja ele mesmo, que assina o único livro publicado em vida “Mensagem”! 1934 mais ficcionista do que sensacionista,
Um épico Moderno, exalta o povo português e estende esta exaltação ao homem universal, tornando-se assim um autor apreciado em todo o mundo, apontado como uma das possibilidades da literatura universal.
A teoria de que somos muitos, de que há muitos “EUS” dentro de cada ser humano que afloram em determinadas circunstâncias, em diversos momentos foi ganhando força, prestígio e se espalhando pelo mundo inteiro.
Na rota da evolução Fernando Pessoa se desdobra em heterônimos: personalidades distintas com nome próprio, data de nascimento, vida e obras.
Assim nasce Alberto Caeiro o guardador de rebanhos, inspirado nos poetas bucólicos Greco Latinos a quem tenta superar.
A seguir nasce o médico Dr, Ricardo Reis, o heterônimo que personifica o pensamento Greco Romano o poeta latino Horácio foi o grande inspirador de sua obra a quem tenta superar também.
Alinhado com os cimeiros do Futurismo nasce Álvaro de Campos – O Engenheiro com educação inglesa e origem portuguesa. Seus poemas exaltam o mundo moderno, para ele a sensação é tudo. O poeta dos sentidos. O progresso técnico científico, a industrialização, os ideais de superação estão alinhados com as descobertas de Einstein, a psicanálise de Freud, pinturas de Picasso Cubismo Expressionismo.
Depois de tudo
De Tudo ficaram três coisas
A certeza de que estamos sempre a começar...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser Interrompidos antes de terminar.
Por isso devemos:
fazer da Interrupção um caminho novo
Da queda um passo de dança
Do medo uma escada
Do sonho uma ponte
Da procura um encontro.
Por isso devemos fazer da interrupção
um caminho novo
Da queda um passo de dança
Do medo uma escada
Do sonho uma Ponte
Da procura um encontro.
Fernando Pessoa