OS SEIS PASSOS. A NATUREZA

Depois das meias dúzia de passos em direção da mesa do computador, abro a janela, estico os olhares vistas abrangentes fora desse quarto de dormir, as luzes desse roteador, aqui nesse cômodo. piscam como o semáforo da rua de cima, exigindo a minha movimentação, aguardo alguns minutos observando a velha antena de retransmissão de rádio AM, hoje em desuso.

Nessa manhã ainda as seis e meio desse dia que começa, as araras canindés repetindo seus mesmos trajetos quase o ano todo, imagino que regressam dos poucos coqueirais que ainda persiste de pé à alguns 02kms de distâncias daqui, bem ali onde termina a zona urbana.

Eu, as araras, os bichos domésticos de costumes diurno repousamos durante a noite, os cães de rua se silenciaram, buscaram algum refúgio abrigando-se da chuva miúda que salpicava na vertical quase a noite inteira, até agora faltando esses poucos minutos para as 08hs dessa manhã, bom assim, minhas plantinhas agradecem essas forças benéficas.

Como é bela a natureza, vendo pela janela a chuva caindo, as folhas todas tremulando exibindo o verde vida que de mostra toda abundância de frutos e legumes que há de vir... surgindo nesse terreno molhado, encharcado de prosperidade dês das mãos dos que plantam até a doçura da seiva.

A vida acontece a todo instante, através das forças do universo o planeta terra recebe essas benesses.

Assim que me lancei em seis passos a dentro de meu quarto de dormir depois abrir a porta, não comparei à distância infinita que existe entre nós e essa imensidão de espaço nesse infinito, quando olhei pela janela não imaginei a via lacta comparada à vistas de meus olhos nesse curto alcance, certeza que essas linhas nunca cruzarão esse horizonte, não terminam ali onde nossas vistas alcança, o céu também não é o limite, ontem eu notei o claro da lua, vi as estrelas cadentes se movimentando, nessa noite dessas primeiras horas desse dia, as nuvens ocultaram os raios lunares, a chuva aproveitou o escuro da noite, veio de mansinho, mas logo foi surpreendido pelo claro do sol surgindo rasteiro e penetrante preenchendo aos poucos todos espaços ofuscado pela luz .

O velho vivente cordialmente, retira o chapéu da cabeça e cumprimenta com um sorridente bom dia.

- A chuva parou, disse a quem podessem ouvir.

... continua seguindo seus passos rua à baixa, vida que segue...

Bom dia! Com alegria.

 

 

27/4/2023/* Antherport.

 

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 27/04/2023
Reeditado em 25/12/2023
Código do texto: T7774302
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