COINCIDÊNCIA?
Coincidência? Não sei?
Acontecimentos que nos fazem refletir.
Já alguns anos escrevi o seguinte texto, como se estivesse filosofando comigo mesma, após escrever esse meu pensamento, cheguei até a achar que era doidice da minha cabeça, as vezes lia e achava que não tinha lógica, mas as vezes lia e sentia que tinha algum fundamento apesar de eu mesma não conseguir explicar direito pra mim mesma, o pensamento é o seguinte:
“O tempo não existe. Pois o ontem já passou, não existe mais, o hoje vai passar e amanhã não existirá, o amanhã ainda não chegou, portanto não existe”.
Guardei este pensamento
Passou-se um bom tempo
No final deste ano que findou (2006), meu companheiro o Marcos, veio me contar que vinha tendo um sonho que se repetia á vários dias disse que vinha sonhando que passava em frente á uma igreja, só que nunca conseguia ver o nome da igreja, e acordava curioso para saber o nome. No último sonho que teve, eu estava junto com ele então ele comentou comigo (no sonho), que não via o nome da igreja, então eu disse- Olha lá! Não está vendo? O nome da igreja é Santo Agostinho. E apontei pra cima mostrando as o nome da igreja em letras pequenas.
Eu nunca havia me interessado, nem era ligada na vida dos santos católicos, tive uma educação evangélica, quando era pequena me ensinaram que era pecado a idolatria às imagens feitas de barro, referiam-se aos santos católicos, quando cresci buscando mais informações, aprendi a respeitar a crença dos católicos pois hoje sei que são espíritos que já alcançaram um grau mais elevado de evolução, mas após isso fui pesquisar sobre Santo Agostinho, e li sobre sua vida como homem comum, sobre suas paixões naturais e depois sua iluminação culminando em sua conversão a Deus.
Passou-se alguns meses
Até então meu pensamento e o sonho do Marcos não tinham nada a ver, nada em comum, até eu ler um livro que meu chefe me emprestou sobre biografia de filósofos de várias épocas.
Qual não foi minha indagação e surpresa quando folheando o livro me deparei com uma biografia filosófica de Santo Agostinho (não sabia que ele era filósofo, pensava que fosse só religioso) e o pensamento filosófico dele sobre o tempo.
Fonte: Antologia ilustrada de Filosofia Das origens à idade moderna - (Autor Ubaldo Nicola)
“Mas então, como existem estes dois tempos, o passado e o futuro, se o passado não é mais e o futuro ainda não é? Quanto ao presente, se fosse sempre presente e não transcorresse no passado, não seria mais tempo, e sim eternidade. Se portanto, o presente, para fazer parte do tempo, deve existir e transcorrer no passado, como podemos dizer que é, se a sua razão de ser é o cessar de ser, uma vez que só podemos dizer que verdadeiramente o tempo é porque tende o não ser?
O passado já não é mais; o futuro ainda não é. Não dizemos portanto, do passado: é longo;mas: foi longo; e do futuro: será longo. Meu senhor, minha luz, assim não estaria a realidade zombando do homem? Aquele passado efetivamente foi longo quanto? Foi longo quando era passado ou quando ainda era presente? Tinha realmente a possibilidade de ser longo somente quando existia aquilo que podia ser longo. O passado já não é mais; por isso, tampouco tinha a possibilidade de ser longo o que não existia. Assim não dizemos: foi longo aquele tempo passado; também não encontraremos mais aquilo que foi longo; porque o tempo, enquanto passado, não existe mais...“
(Santo Agostinho)
Será só coincidência?
Mas a estória não terminou ai.
Aqui onde trabalho, acabei sendo encarregada em fazer a decoração natalina todos os anos, pois os colegas dizem que tenho mais jeito para isso.
Naquele final de ano, resolvi fazer um presépio como decoração natalina para minha área.
Fiz com muita dedicação e carinho, principalmente em cada detalhe que eu fazia, era com o pensamento de conseguir passar para as pessoas, a verdadeira mensagem de Natal, a mensagem que Jesus veio trazer à humanidade e que até hoje poucos de nós conseguimos entender, meu amigo estava sempre ajudando com suas opiniões e energia positiva.
(Obs: Eu e meu amigo temos um sonho comum de trabalho com crianças carentes)
O trabalho foi muito elogiado, tanto pela originalidade como pela criatividade, e no último dia útil do ano eu pedi para esse amigo tirar várias fotos desse presépio.
Alguns meses depois, observando melhor as fotos, pudemos observar algumas manchas esbranquiçadas, muito pequenas justamente nas fotos do presépio. Meu amigo dizia que a máquina era nova, e todas as fotos que ele tirou antes e depois daquele dia não apresentavam as manchas. As únicas fotos que tinham aquelas manchas eram as fotos do presépio.
Resolvemos então analisar cuidadosamente todas as fotos e todas as manchas e chegamos a conclusão que em uma das manchas havia a imagem de um rosto, quando bem ampliado. Após buscarmos na Internet algumas imagens similares àquele rosto chegamos a uma conclusão: Tratava-se da imagem de Santo Agostinho.
Ficamos perplexos e resolvemos não contar essa história para ninguém. Achávamos que as pessoas poderiam duvidar, ou ainda, achávamos que isso tudo poderia ser coisa das nossas cabeças.
Será só coincidência?
Mas a conclusão que chegamos após um ano do ocorrido se resume na seguinte frase:
(Esta frase foi inspirada ao meu amigo Milito quando ele analisava esta história)
Cada segundo vivido que delineia o passado e o futuro, é na verdade o presente precioso que por muitas vezes nos dá a prova real de que do outro lado da vida há sempre uma ilustre criatura que nos acompanha, nos aconselha e nos guia. Sábios são aqueles que crêem não só naquilo que é palpável e visível aos olhos de todos os humanos, mas também naquilo que é abstrato, invisível e sem explicação.
Estou à disposição para enviar estas fotos se alguém desejar vê-las.
marisil@click21.com.br
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