Acordei novamente no Brasil.

Na noite passada quando fechei meus olhos firmei o pensamento insistindo na certeza que o próximo dia seria melhor. Embrenhei no escuro dessa noite, vejo que está em tempo de descansar, esse meu órgão de visão, nessas horas passadas foram exposto às fortes luz artificial eletrônica; a tela da tv e o monitor desse computador forçaram minhas pupilas, depois a resplandecente luz do sol desse dia de domingo também contribuiu para essa canseira, talvez os óculos escuro resolveria essa tarefa de suavizar esses focos luminosos.

Infelizmente precisamos observar os derredores do nosso viver nessa existência, isso dês dos tempos remotos.

Muitas das vezes os ouvidos auxiliam para essa ação... no despertar de uma cena em movimento repentino assim como ao atravessar uma rua, o toque de uma buzina exigindo atenção, o motorista pronto para frenar, o transeunte se apressa para não ser vitimado, na falta da audição ou visão, toda responsabilidade toda ação fica a cargo desse condutor, isso demostra o quão é importante esses nossos dois órgão.

Para um envelhecer saudável é indispensável a proteção desses órgãos, se assim não fora, como teria certeza que estaria acordando nesse país, só a percepção que a vida acontece lá fora.

Muita das vezes a curiosidade  fazem focar nossos olhares em algo indevido, os ouvidos captam o som chamando a atenção para esses fatos, em seguida, mais que depressa nossas retinas... Nossos olhos fotografam, infelizmente pode ser uma cena de espetacular beleza, ou uma tragédia aterrorizante.

Acordei nessa manhã, não faz muito tempo, continuei com meus olhos fechados como faço sempre, súbito um barulho infernal, um motociclista amante da discórdia se ocupa dessa via pública em alta aceleração, percebi os ruídos quando ainda estava distante, em pouco segundos passa de frente de minha casa, foi uma agressão terrível ao meus órgãos de audição, contrariando minhas vontades, involuntariamente arregalei os olhos mesmo que não via nada lá na rua,  fora de foco.

Quando fechei os olhos me entorpeci desses meus sentidos, quando acordei, arregalei os olhos, quando meus ouvidos ficaram expostos a esse alto alarido dando início a uma nova jornada do dia a dia

Me irritei com esse motor de silenciador alterado.

Em outras condições, se caso acordássemos nesse nosso país em dois mil e noventa em três, não haveria essa barulheira desse aglomerado de ferros latas, cheirando combustíveis fósseis e fumaça poluente.

Daqui até lá muitos de nós não estaremos vivendo o silêncio do veículos a eletricidade, nem olhos para apreciar esse futuro tão maravilhoso que há de vir para findar desse século, não acordaremos já mais nesse nosso país, muitos de nós, não precisamos aguardar nesse dia estaremos sobre o silêncio da eternidade.

Antherpor/20/6/22.

 

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 20/06/2022
Reeditado em 20/06/2022
Código do texto: T7541535
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