Dia Cinco de Maio, Dia Internacional da Língua Portuguesa
Cinco de Maio Dia Mundial da Língua Portuguesa
O dia Mundial da Língua Portuguesa é comemorado em 5 de Maio, a data foi instituída em 2009, no âmbito da Comunidade dos Países de língua Portuguesa (CPLP), com o propósito de promover o sentido de comunidade e pluralismo dos falantes de português. Fazem Parte da CPLP) Brasil e Portugal, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné Bissau , São Tomé e Príncipe, Macau (China) Timor - Leste, em Damão e Diu no estado de Goa (Índia), Malaca (Malásia), em enclaves na Ilha das Flores (Indonésia), Batticaloa.
É uma das línguas oficiais da União Européia, do MERCOSUL, da União de Nações Sul – Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos. Com aproximadamente 280 milhões de falantes, é a 5ª língua mais falada do mundo, a 3ª mais falada do hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul do Planeta.
A língua portuguesa é uma língua originada no galego-português, falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Com a criação do Reino de Portugal em 1139 deu-se a difusão da língua pelas terras até onde Portugal de então se estendia.
Mais tarde com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo.
Cinco de Maio mais um dia em Portugal e no Brasil, os dois para comemorar o sentimento nacionalista e perpetuar na alma do povo português aquela aura de patriotismo que perpassa a obra de Luís Vaz de Camões,e promover a integração dos nove países que integram a CPLP Comunidade dos países de Língua Portuguesa.
Vamos em homenagem a este dia recordar frases que escritores mais famosos da Língua Portuguesa nos legaram, Começamos por Luis Vaz de Camões, o autor de “Os Lusíadas”, “a ultima flor do Lácio” – expressão usada no soneto “Língua Portuguesa”, do escritor brasileiro Olavo Bilac
Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considera o idioma; doce e agradável.
A famosa frase de Fernando Pessoa, em seu “ livro do Desassossego”,“A minha Pátria é a Língua Portuguesa”tem na essência um pensamento semelhante ao de Carvalho Calero “ A Galiza existe desde que existe
o galego” para ambos a Língua é a pátria comum a um povo. Esta frase de Fernando Pessoa vem sendo interpretada e adaptada a diversos momentos históricos: após a Revolução dos Cravos em Portugal, 1974-1975, veio à Tona a expressão de Fernando Pessoa “ A Minha Pátria é a Língua Portuguesa” aqui como continuação do Império perdido. Como se a (CPLP) e a Lusofonia produzissem uma pátria comum. Claro que esta interpretação não reflete o pensamento de Fernando Pessoa e muitas outras se seguiram. Cada escritor, a seu modo foi criando a sua frase como reflexo do seu pensamento acerca da Língua Portuguesa assim para José Saramago a língua portuguesa é “uma língua de várias pátrias” ; ou Eduardo Lourenço, que acrescentou: "uma língua não o é de ninguém, mas nós não somos ninguém sem uma língua que fazemos nossa”; ou Jorge de Sena, que vai além "a Pátria de que escrevo é a língua em que por acaso de gerações nasci”; ou Maria Gabriela Llansol, para quem "o meu país não é a minha língua, mas levá-la-ei para aquele que encontrar"; ou Eduardo Prado Coelho, que, categórico, afirma: "A nossa pátria só será a língua portuguesa se for mais do que a língua"; ou o moçambicano Mia Couto, que diz: "A minha pátria é a minha língua portuguesa".
Assim como a Mãe Natureza para quem a pandemia provocada pelo Covid-19 não trouxe abalos de grande porte. O que se vê através das janela, das varandas é uma natureza a respirar o bom ar que a pandemia lhe devolveu, pássaros cortando o céu deste Brasil imenso cheio de belezas naturais, a vida na Terra segue seu ritmo alheio a esta pandemia que ataca apenas a raça humana.
Assim a Língua Portuguesa segue seu ritmo: não é estática, é a expressão de povos diversos que têm como Língua Oficial a Língua Portuguesa.
Cabe a esta Língua a nobre missão de expressar o mundo que nos espera pós pandemia que certamente não será o mesmo em qualquer país que integra os países da (CPLP).
Enterrados os mortos, saindo aos poucos da toca onde este vírus letal nos encurralou . Quem seremos nós? Mais empobrecidos, mais conscientes de que o nosso mundo ruiu. Resta a esperança de que a humanidade aprenda sociabilidade, cidadania, empatia com todas as situações inerentes ao ser humano, à natureza, à vida no Planeta Terra. Não Sabemos o que nos espera e vamos fracos, opacos, sem luz sem brilho em busca do que nos espera.
Que a Luz da esperança, da coragem, da força motora que em horas difíceis aparece como por milagre, chegue carregada de boas novas, de muitas possibilidades para nos levantarmos do chão manchado de sangue e de vírus agarrados ao asfalto a esperar por nós, para ver se ainda conseguem nos apanhar desprevenidos.
Lita Moniz