O Poeta Ensaísta e Artista Plástico Ernesto Manuel de Melo e Castro morre em São Paulo – Brasil aos 88 anos de idade
Ernesto Manuel de Melo e Castro poeta português ensaísta e artista plástico, pai da artista e cantora Eugênia de Melo e Castro faleceu aos 88 anos dia 5 de Setembro de 2020,
em São Paulo – Brasil, onde vivia. Como muitos portugueses alternava sua vida ora no Brasil ora em Portugal ao longo de vinte anos.
Nascido na Covilhã – Portugal E.M.Melo e Castro foi uma expressão forte de um movimento da cultura portuguesa contemporânea .
Licenciado em engenharia têxtil, aliou a arte têxtil à arte gráfica. No Brasil fez doutoramento em Letras pela, universidade de São Paulo.
Um dos pioneiros da Poesia Visual Concreta, uma poesia que pretende não falar de coisas, mas ser ao mesmo tempo o que se diz. Como no poema acima “ Outras Terras”.
Um escritor e artista que fez com êxito a ponte entre a Literatura e as Artes que se produziam em Portugal e no Brasil. Como o Presidente de Portugal , Marcelo Rebelo de Sousa afirmou em nota de pesar endereçada à família de Ernesto Manuel de Melo e Castro “um escritor e artista que muito contribuiu para o diálogo Luso-brasileiro”.
Um pioneiro na arte gráfica, um mestre a abrir caminhos para outros poetas entre eles eu me incluo, fui por algum tempo só palavra, mas faltava algo, então passei a aliar figura e texto, segui o mestre, guardadas as devidas proporções, E.M. de Melo Castro era um artista gráfico, ele mesmo produzia a arte gráfica também, ficou muito melhor assim, onde a palavra não basta, não chega, vem a imagem completar o poema, tudo vira poesia, muito mais atraente, elucidativo, e mais atraente fica no E- book, a alta resolução da imagem dá vida ao poema. Ainda o livro papel, claro, tem muito mais valia, mas acredito que no futuro, esta arte
terá o seu valor consagrado também.
No catálogo da representação portuguesa para a XIV Bienal de São Paulo E.M.de Melo e Castro descreve em poucas palavras o que a sua poesia e a dos demais escritores que aderiram ao movimento representa em Portugal, no Brasil e no Mundo “ Quase toda a poesia Experimental Portuguesa produzida a partir do início da década de 60 se pode inscrever dentro de uma denominação geral de POESIA ESPACIAL, uma vez que as suas coordenadas visuais são dominantes. De facto foi e é no campo das experiências visuais e espaciais do texto,considerado como matéria substantiva que o poema se produz, que a pesquisa morfológica, fonética, sintática e semiológica se projectou e projecta”.
Com a morte de Ernesto Manuel de Melo e Castro, nome consagrado na poesia visual e experimental em Portugal e no Brasil, fica a saudade e um legado de valor inestimável para quem quer trilhar o caminho da poesia visual e experimental.
Lita Moniz
Ernesto Manuel de Melo e Castro poeta português ensaísta e artista plástico, pai da artista e cantora Eugênia de Melo e Castro faleceu aos 88 anos dia 5 de Setembro de 2020,
em São Paulo – Brasil, onde vivia. Como muitos portugueses alternava sua vida ora no Brasil ora em Portugal ao longo de vinte anos.
Nascido na Covilhã – Portugal E.M.Melo e Castro foi uma expressão forte de um movimento da cultura portuguesa contemporânea .
Licenciado em engenharia têxtil, aliou a arte têxtil à arte gráfica. No Brasil fez doutoramento em Letras pela, universidade de São Paulo.
Um dos pioneiros da Poesia Visual Concreta, uma poesia que pretende não falar de coisas, mas ser ao mesmo tempo o que se diz. Como no poema acima “ Outras Terras”.
Um escritor e artista que fez com êxito a ponte entre a Literatura e as Artes que se produziam em Portugal e no Brasil. Como o Presidente de Portugal , Marcelo Rebelo de Sousa afirmou em nota de pesar endereçada à família de Ernesto Manuel de Melo e Castro “um escritor e artista que muito contribuiu para o diálogo Luso-brasileiro”.
Um pioneiro na arte gráfica, um mestre a abrir caminhos para outros poetas entre eles eu me incluo, fui por algum tempo só palavra, mas faltava algo, então passei a aliar figura e texto, segui o mestre, guardadas as devidas proporções, E.M. de Melo Castro era um artista gráfico, ele mesmo produzia a arte gráfica também, ficou muito melhor assim, onde a palavra não basta, não chega, vem a imagem completar o poema, tudo vira poesia, muito mais atraente, elucidativo, e mais atraente fica no E- book, a alta resolução da imagem dá vida ao poema. Ainda o livro papel, claro, tem muito mais valia, mas acredito que no futuro, esta arte
terá o seu valor consagrado também.
No catálogo da representação portuguesa para a XIV Bienal de São Paulo E.M.de Melo e Castro descreve em poucas palavras o que a sua poesia e a dos demais escritores que aderiram ao movimento representa em Portugal, no Brasil e no Mundo “ Quase toda a poesia Experimental Portuguesa produzida a partir do início da década de 60 se pode inscrever dentro de uma denominação geral de POESIA ESPACIAL, uma vez que as suas coordenadas visuais são dominantes. De facto foi e é no campo das experiências visuais e espaciais do texto,considerado como matéria substantiva que o poema se produz, que a pesquisa morfológica, fonética, sintática e semiológica se projectou e projecta”.
Com a morte de Ernesto Manuel de Melo e Castro, nome consagrado na poesia visual e experimental em Portugal e no Brasil, fica a saudade e um legado de valor inestimável para quem quer trilhar o caminho da poesia visual e experimental.
Lita Moniz