A DURA DISPUTA ENTRE A FELICIDADE E A DOR PARA VIVER!

A DURA DISPUTA ENTRE A FELICIDADE E A DOR PARA VIVER!

O colo materno a dar o primordial alimento ao bebê recém nascido é retrato gigante da felicidade da mãe, que vê seu rebento a clamar por alimento, carinho e conforto.

Todavia, esse momento, sempre tão decantado, caminha ao lado do romper da placenta, gerando a tormenta da dor provocada pelo ar que penetra pela primeira vez nos pequenos pulmões desse ser tão dependente, carente de tudo, que não tem noção para compreender o porquê de ter que sair da sua mansão de conforto, para enfrentar o ar frio que lhe choca a garganta e sufoca seu gemido de ardor.

Enquanto crescemos são tantas as surpresas que nos impõe o destino, que nos confrontamos a todo momento, com a felicidade pipocando a panela, mas sempre deixando alguns grãos que não rompem, não estouram, impróprios para o degustar sem quebrar nossos molares. E essas surpresas nos revestem eventualmente de dor, pois só com ela chegando paulatinamente e de modo suportável é que tiraremos os ensinamentos necessários para buscarmos mais constância na felicidade almejada, mas nunca perpétua.

O perpétuo existir, só saberemos no pós vida, mas até lá a guarita que temos só será bendita se digladiarmos cotidianamente as nossas vontades com o que a dor nos permitir ou ensinar para viver.

E a arena dessa árdua disputa entre a felicidade e a dor não se limitará aos coliseus públicos, mas também nos que estão erguidos no seio familiar ou dentro de nossos próprios corações e mentes.

Por isso é que deveremos nos cercar sempre do que de melhor pudermos agregar ao tempero, ao cheiro, ao tato, ao ouvir, enxergar e sentir, como a nos cercar de mel e de flores, para o néctar da vida nos embalar aos nossos melhores propósitos e sonhos de vida e esperança nesse nosso existir.

Publicado no Facebook em 04/05/2018