Amor, o propulsor da vida

O insólito fascínio da vida consiste na realeza fulgurante da sua essência: O Amor.

Por conseguinte, o amor exige uma dose generosa de paciência. E a paciência, por sua vez, pede indeclinável confiança.

Contudo, para que a confiança tenha verdadeira efetividade é imprescindível que haja ousadia. Afinal, como seria possível projetar metas e permanecer estático, esperando que a ventura protuberante do mundo derrame fartamente suas dádivas, como chuva auspiciosa?

A vitória é a conseqüência da coragem! E a coragem é atribuída indistintamente àqueles que ousam! Decerto, nem sempre os corajosos são contemplados com o prêmio da conquista. Mas sentem-se completos, por saberem que empreenderam o âmago do seu ideal para alcançarem seus objetivos.

Decididamente, vencedor não é apenas o que consegue chegar à meta, atingir o topo: é também aquele que tentou, produziu, cooperou, empreendeu, dedicou-se e, ainda assim, não obteve êxito. E perdedor é aquele que sequer imaginou que pudesse tentar. Ou imaginando, permaneceu entorpecido em sua morosidade ideológica e decidiu permanecer indiferente.

Justamente essas circunstanciais posições são determinantes para que possamos delinear os caminhos e objetivos pelos quais devemos conduzir nossas vidas. Evidente que existem quedas no percorrer do trajeto. Mas as quedas devem constituir-se em motivação, para nos levantarmos ainda mais convictos e confiantes e completarmos o percurso com precisão – ainda que esse objetivo exija de nós muito suor e algumas lágrimas.

Erro é a chance que a vida nos dá para vivenciarmos a humildade; levantarmo-nos do chão e recomeçarmos, do início, aprendendo com o passado. Mas permanecer no erro é aceitar o derrotismo inconteste do perdedor – que prefere permanecer no chão, inânime, vencido, funesto...

Ninguém pode obter conquistas sem correr riscos. Vitória ou derrota são conseqüências daquele que ao menos tentou. Fundamental é acreditar, apesar de todos os pesares, apesar das lágrimas e suspiros que ficam pelo transcorrer do caminho. Confiar em Deus e em si mesmo e jamais perder a certeza de que o mecanismo propulsor da vida é o Amor. Esse mesmo Amor que é impulsionado pela paciência, confiança, ousadia e esperança.

Esse amor maior que motiva insanos idealistas a manterem viva a chama do otimismo e proclamarem à humanidade que é perfeitamente possível ser feliz. Depende apenas de nós. E que prevaleça o Amor!

Paulo Sérgio Pereira

(Do livro "Um Sonho Chamado Edna, Ed. Viena, 2007)

Vate Incipiente
Enviado por Vate Incipiente em 10/03/2016
Reeditado em 11/03/2016
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