O gol mais bonito da Copa
Houve muitos gols bonitos nesta Copa do Mundo de 2014.
Numa discussão de amigos, cada uma opinava e descrevia, com minúcias, o seu gol preferido. De fato, cada gol rememorado, que a TV não cansa de repetir, é de uma plástica de encher os olhos.
Até minha mãe, que tem 90 anos, descreve perfeitamente gols e jogadas monumentais. Verdade... Minha querida mãezinha mora bem defronte o Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, há mais de vinte anos e, talvez por isto, passou a interessar-se por futebol, não sei precisar quando exatamente. Pois acreditem, ela discute futebol como um guri.
Mas, voltando à discussão sobre o gol mais bonito. (E você, caro leitor, deve ter sua opinião, é claro). Muitos afirmam que o último gol da Copa, do alemão Mário Goetze em que este atleta matou a bola no peito e, de primeira, chutou cruzado, foi o mais importante, o mais bonito. Outros descrevem o gol de David Luiz, de bola parada, parecido com um gol de Didi, na Copa de 1958, como um gol muito bonito. E de fato foi. Um dos gols de Neimar também merece ser citado como gol muito bonito. O gol do garoto, também de 22 anos, James Rodrigues, da Colômbia, em que ele, de fora da área, matou no peito e sem deixar a bola cair chutou de canhota estufando a rede adversária. Foi de fato uma pintura.
Nesta Copa, houve muitos gols. Foram 171 gols, igualando o recorde anterior.
Já assisti 15 Copas do Mundo. Minto, as primeiras ouvi pelo rádio e dias depois, vi as mais belas jogadas e todos os gols, pelo Canal 100, no cinema.
Não quero, com isto, dizer que sou expert em futebol. A grande maioria dos brasileiros entende de futebol quase mais do que os técnicos. Eu diria melhor, quase todo brasileiro sabe o que é bonito, belo, maravilhoso, neste esporte que arrebata multidões.
Para mim, o gol mais bonito de todas as copas, foi de um menino, bem mais jovem que Neimar e James Rodrigues. Foi assim, dentro da área ele deu um chapéu no imenso zagueiro de quase 2 metros de altura. Ajeitou o corpo e, tudo no mesmo movimento, estufou as redes do goleiro da Suécia.
Em 1958, com apenas 17 anos, Pelé fez um dos gols mais bonitos da história do futebol.