Fichamento: técnica de estudo
Professora Sílvia M. L. Mota
1 Definição
O fichamento é uma forma de investigar, que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. É uma parte importante na organização da pesquisa de documentos, permitindo um fácil acesso aos dados fundamentais para a conclusão do trabalho. Esse trabalho facilitará a procura do pesquisador, que terá ao seu alcance as informações coletadas nas bibliotecas públicas ou privadas, na Internet, ou mesmo em seu acervo particular, evitando que consulte mais de uma vez a respeito de um determinado tema, por não conseguir guardar em sua memória todas os dados aos quais teve acesso.
Os registros não são feitos necessariamente nas tradicionais folhas pequenas de cartolina pautada. Podem ser feitos em folhas de papel comum, cadernos ou, mais modernamente, em bancos de dados computadorizados, entre outros. O importante é que eles estejam bem organizados e de acesso fácil para que os dados não se percam. Existem quatro tipos básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico por autor, o fichamento bibliográfico por assunto, o fichamento de transcrição, e o fichamento de resumo/analítico.
2 Tipologia
2.1 Ficha bibliográfica por autor
Conforme o pesquisador vai tomando contato com o material impresso, deve organizá-lo. Poderá fazê-lo através do fichamento bibliográfico por autor, onde ficarão anotados o nome do autor (na chamada), o título da obra, edição, local de publicação, editora, ano da publicação, número do volume se houver mais de um e número de páginas.
Exemplo:
001
SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos e legais. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991. 189 p.
Vertentes científicas: aspectos históricos, aspectos psicológicos.
Questões jurídicas: questionamentos acerca do embrião humano; o tema no direito brasileiro; estudos e projetos; o tema no direito internacional.
Legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa; lei espanhola; Recomendação 1.100 do Conselho da Europa, o caso do Bebê M.
Referências.
SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos e legais. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991. 189 p.
Vertentes científicas: aspectos históricos, aspectos psicológicos.
Questões jurídicas: questionamentos acerca do embrião humano; o tema no direito brasileiro; estudos e projetos; o tema no direito internacional.
Legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa; lei espanhola; Recomendação 1.100 do Conselho da Europa, o caso do Bebê M.
Referências.
2.2 Ficha bibliográfica por assunto
Esse tipo de fichamento é mais fácil de trabalhar. As instruções indicadas no item anterior repetem-se aqui, sendo que desta vez o assunto deve estar encabeçando a ficha (na chamada).
Exemplo:
001 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos e legais. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991. 189 p.
Vertentes científicas: aspectos históricos, aspectos psicológicos.
Questões jurídicas: questionamentos acerca do embrião humano; o tema no direito brasileiro; estudos e projetos; o tema no direito internacional.
Legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa; lei espanhola; Recomendação 1.100 do Conselho da Europa, o caso do Bebê M.
Referências.
SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos e legais. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991. 189 p.
Vertentes científicas: aspectos históricos, aspectos psicológicos.
Questões jurídicas: questionamentos acerca do embrião humano; o tema no direito brasileiro; estudos e projetos; o tema no direito internacional.
Legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa; lei espanhola; Recomendação 1.100 do Conselho da Europa, o caso do Bebê M.
Referências.
2.3 Ficha de transcrição (ou de citação)
Este tipo de fichamento serve para que o pesquisador selecione as passagens que achar mais interessantes no decorrer da obra. É necessário que seja reproduzido fielmente o texto do autor (cópia literal). Após a transcrição, indica-se a referência bibliográfica cabível, ou então encabeça-se a ficha com a referência bibliográfica completa da obra e após a(s) citação(ões), coloca(m)-se o(s) número(s) da(s) página(s) de origem. Se o trecho for citado entre aspas duplas e no seu curso houver uma palavra ou expressão aspeada, estas aspas deverão aparecer sob a forma de aspas simples (’).
Exemplo:
SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos e legais. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991. 189 p.
Eis posicionamento importante, citado pela autora, sobre o início da vida e sua proteção jurídica: “A personalidade começa com o nascimento com vida, que se verifica quando o feto se separa completamente do corpo materno. Neste momento é que pode ser objeto de uma proteção jurídica independente da que concerne à mãe”. (p. 40-41).
Eis posicionamento importante, citado pela autora, sobre o início da vida e sua proteção jurídica: “A personalidade começa com o nascimento com vida, que se verifica quando o feto se separa completamente do corpo materno. Neste momento é que pode ser objeto de uma proteção jurídica independente da que concerne à mãe”. (p. 40-41).
2.4 Ficha resumo/analítica
Uma ficha resumo/analítica consiste numa síntese de um livro, capítulo, trecho ou de vários livros com a intenção de elaborar um trabalho ordenado de conclusões pessoais ou mesmo de um grupo. Para fazer uma ficha resumo/analítica é necessário: verificar a indicação bibliográfica, fazer um esquema, e elaborar o resumo propriamente dito.
A indicação bibliográfica mostra a fonte da leitura; o resumo sintetiza o conteúdo da obra em redação do próprio fichador e/ou através de transcrições literais, e neste caso, com indicação parentética da(s) página(s); as citações dizem respeito às transcrições significativas da obra; a análise crítica do conteúdo lido apresenta as apreciações do fichador, através de análise e críticas coerentes e cientificamente responsáveis, sustentadas nas idéias do próprio fichador e/ou em outros textos, os quais serão devidamente referenciados conforme ABNT, no corpo deste item ou em notas de rodapés da ficha; a ideação coloca em destaque as novas idéias surgidas frente à leitura reflexiva.
Exemplo:
SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos e legais. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991. 189 p.
Discutindo os diversos aspectos – biomédicos, psicológicos, bioéticos, religiosos e jurídicos – que constituem questões fundamentais na abordagem das novas práticas conceptivas, este lançamento da Editora Forense Universitária é obra pioneira no Brasil. Como o próprio título sugere, a fertilização assistida – termo preferível a artificial – ainda é uma questão aberta, suscitando debates e polêmicas nos vários países em que é praticada. Devido à atualidade do tema e ao significado dos valores éticos e morais implicados no processo, torna-se cada vez mais necessária a normalização jurídica da matéria, o que só se verificará a partir de uma ampla discussão entre os especialistas e a difusão de esclarecimentos e informações à opinião pública, debate para a autora pretende contribuir. O assunto é tão polêmico que a própria autora salienta: “[...] a adequada abordagem dos aspectos relacionados à fecundação artificial pressupõe um enfoque interdisciplinar que dê cobertura à multiplicidade das variáveis e que conduza à convergência para um horizonte amplo a ser abrangido pelo conhecimento jurídico.” (p. 2)
IDEAÇÃO:
Após a leitura da obra em referência chega-se ao posicionamento de que se faz necessária, no Brasil como em outras partes do mundo, a criação de leis que venham a dirimir os possíveis conflitos advindos das novas técnicas de reprodução assistida.
OBSERVAÇÃO:
Em apêndice a obra contém a proteção nacional: Resolução n. 1 do Conselho Nacional de Saúde, de 13 de junho de 1988, sobre as Normas de Pesquisa em Saúde; o tema da Constituinte: Projetos de lei nacionais. Além disso, traz legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa, lei espanhola, Recomendação 1.100 do Conselho da Europa, o caso do Bebê M, estudo do direito comparado.
Discutindo os diversos aspectos – biomédicos, psicológicos, bioéticos, religiosos e jurídicos – que constituem questões fundamentais na abordagem das novas práticas conceptivas, este lançamento da Editora Forense Universitária é obra pioneira no Brasil. Como o próprio título sugere, a fertilização assistida – termo preferível a artificial – ainda é uma questão aberta, suscitando debates e polêmicas nos vários países em que é praticada. Devido à atualidade do tema e ao significado dos valores éticos e morais implicados no processo, torna-se cada vez mais necessária a normalização jurídica da matéria, o que só se verificará a partir de uma ampla discussão entre os especialistas e a difusão de esclarecimentos e informações à opinião pública, debate para a autora pretende contribuir. O assunto é tão polêmico que a própria autora salienta: “[...] a adequada abordagem dos aspectos relacionados à fecundação artificial pressupõe um enfoque interdisciplinar que dê cobertura à multiplicidade das variáveis e que conduza à convergência para um horizonte amplo a ser abrangido pelo conhecimento jurídico.” (p. 2)
IDEAÇÃO:
Após a leitura da obra em referência chega-se ao posicionamento de que se faz necessária, no Brasil como em outras partes do mundo, a criação de leis que venham a dirimir os possíveis conflitos advindos das novas técnicas de reprodução assistida.
OBSERVAÇÃO:
Em apêndice a obra contém a proteção nacional: Resolução n. 1 do Conselho Nacional de Saúde, de 13 de junho de 1988, sobre as Normas de Pesquisa em Saúde; o tema da Constituinte: Projetos de lei nacionais. Além disso, traz legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa, lei espanhola, Recomendação 1.100 do Conselho da Europa, o caso do Bebê M, estudo do direito comparado.