COMPRA DE VOTOS

COMPRA DE VOTOS

Estou atualmente com 75 anos, e como dizem por aí: ”já vi muitas coisas, mas ainda não vi tudo”. Diariamente lemos nos jornais e ouvimos no rádio e vemos na televisão notícias de políticos, como Vereadores, Prefeitos, Deputados, Senadores e Governadores que são processados, e às vezes cassados. Na maioria das vezes, os processos são abertos pela prática de atos de improbidade administrativa e acusados de compra de votos. Esta prática não é coisa nova, pois sempre existiu graças à ganância de nossos políticos. Existem coitados, como moradores das periferias das cidades, e nas regiões mais pobres do País como é o caso do nordeste, onde eleitores, que por ignorância vendem o voto até por uma dentadura. Porém, e é uma realidade, que as pessoas mais pobres, são exploradas por políticos sem o mínimo senso de decência e honestidade, e ainda se vangloriam de sua esperteza. Nosso povo tem em sua maioria, eleitores analfabetos, ou semianalfabetos, e pobres, vivendo nas periferias das cidades, tanto grandes como pequenas. Antes tempos, principalmente nas localidades rurais, o sistema de compra de votos era feito pelos grandes proprietários de terras, os chamados “Coronéis”, que determinavam como deveriam seus empregados e pessoas que viviam sob sua dependência. Na maioria das vezes os habitantes das cidades onde residiam, votar, e em quem. A propósito, me vem à mente, uma pequena história de um desses “Coronéis chefe político de uma cidadezinha do interior da Campanha do Rio Grande do Sul, não sei se verdadeira ou não mas que corria de boca em boca, nos meus tempos de guri. Na época, o Presidente da República baixou um “Decreto-Lei” (hoje chamado de medida provisória) instituindo o sistema de “Voto Secreto” nas eleições. Pois dizem que em uma determinada eleição para Prefeito da cidade, na época chamado de Intendente, um dos eleitores se aproximou da mesa, e lhe foi entregue, como era hábito, pela autoridade eleitoral, que não era outro senão o Coronel, um envelope fechado, com o voto, e mandado colocar na Urna. O indivíduo olhou para o Coronel e perguntou: Mas Coronel, o envelope tá fechado, como é que eu vou saber em quem votei? Ao que este, franzindo a testa em uma demonstração de autoridade, respondeu. Moço, tu não podes saber em quem votou, pois agora o voto é Secreto. Pois é, esta era uma maneira de obrigar alguém a votar em quem a autoridade escolhia. Mas o maior exemplo da compra de votos nas pequenas cidades, era quando o Coronel marcava o local, que era a sua estância, e oferecia churrasco, em troca do título de eleitor(cabe aqui uma explicação; Naquele tempo a eleição era feita de modo que qualquer um que apresentasse o titulo de eleitor podia votar, ou seja não importava a quem pertencesse o título). Assim os poderosos da época compravam os eleitores.

Pois bem fiz este preâmbulo, tão e somente para dar uma ideia aos mais jovens de como era feita a compra de votos nos primórdios da República, quando ainda não havia uma Justiça Eleitoral, nem o Ministério Público independentes, para coibir tais abusos. No início falei sobre os políticos que foram condenados a perda dos cargos, as ações do Ministério Público e as denúncias dos eleitores honestos. Porém, na qualidade de eleitor, embora desobrigado pela idade a exercer, o direito do voto, quero fazer uma Denúncia, de um fato que eu não sei por que ainda não foi investigado e nem tampouco apurado pelas autoridades eleitorais e policiais. É voz corrente que no Brasil, principalmente na Região Nordeste como também em outras regiões junto às classes mais pobres, os componentes das mesmas quando vão se empregar, não querem carteira assinada, porque assim podem perder o direito à “Bolsa Família’. Tal benefício foi o disfarçado aperfeiçoamento da “Bolsa Escola” que havia sido criado pelo governo do Presidente Henrique. Porém tal benefício, no meu entender nada mais é que a “Desprezível” compra de votos, legalmente disfarçada, pelo anterior e atual governo. Deixe o governo de fornecer a tal “Bolsa” para ver se será eleito. Está aí um fato de verdadeira prática de “Compra de votos”. E quem terá a coragem de denunciar tal “Crime Eleitoral”?. Fica aqui uma indagação para quem quer que o Brasil se torne um País Sério, e não seja chamado novamente, como o chamou o Extinto Presidente Francês Charles Degaule. “O Brasil é um pais sem confiança. Eu entendo que esse dinheiro, para não dizer essa esmola governamental e incentivadora da vagabundagem, não é aproveitado para melhorar o sistema de saúde brasileiro, com o efetivo fornecimento de remédios e atendimentos decentes e efetivos nos Postos espalhados por aí, e ainda, como hoje ouvi no “Programa Bom Dia Brasil”, que os medicamentos que deveriam ser fornecidos à população, estão estocados e não são entregues por falta de caminhões. Não tem transporte para distribuir os medicamentos, mas tem transporte de primeira para os políticos e farras governamentais.