O futuro do Brasil
Anos atrás, muito se ouvia falar de que o Brasil era o país do futuro. Com aquela afirmação, o povo brasileiro entendia que em anos vindouros, passariam a viver com mais fartura, mais bem estar, mais bem querer. A criança de então, em adulta viveria um mundo melhor. Mas o tempo passou, a criança cresceu, e nada. Por mais que tentem avistar o futuro lá no horizonte, nada dele chegar. Em que lua será que se escondeu?
Uma vez que o futuro demora a chegar, cada um dos cento e oitenta milhões de habitantes vai remando conforme pode. Fico então pensando, quem sabe um dia desses, ele (o futuro) aponte no horizonte, surja de forma inesperada, junto com os primeiros raios de sol. Ou então, quem sabe ao anoitecer, ele se sobreponha às nossas cabeças, bem lá no alto, e vá descendo devagar para que então possamos pega-lo com ambas as mãos. Ou quem sabe, algum país de primeiro mundo se compadeça de nós, e o traga em mãos. Talvez venha de navio, embalado pelas ondas do Oceano Atlântico. Ou ainda (ai quantas opções!), pode ser que venha de avião, da terra do todo poderoso, o Bush, e pouse em Brasília. E de lá, os governantes da nação, o distribuam de forma justa a seu povo. De forma justa? Não creio, haja vista a sua prática desonesta comprovada de longa data. Ainda assim, um belo futuro estaria ainda bem distante da grande maioria dos brasileiros, uma vez que a abastança, ou como queiram, o bolo seria fatiado em partes desiguais, de forma injusta. Imaginem, até que chegasse aqui no sul, quantos atalhos, quantos desvios, “se perderia” pelo caminho.
Pois então, este comentário sobre o futuro, na verdade, é apenas para dizer que o futuro não existe. É fruto da nossa imaginação. Existe só a nível de idéias.
Futuro é sinônimo de planejamento, de expectativa. Planejar faz-se necessário, mas isso por si só não basta, não leva a nada se não colocarmos nossas metas em funcionamento, em ação. A expectativa por sua vez,, é nutrida com fé e esperança. Pelo menos entre os otimistas. Os sonhos num futuro melhor, ou seja, que com o passar dos anos a realidade seja uma vida plena e feliz, é mais facilmente alcançada quando há oportunidades. Oportunidade de trabalho. A partir daí, tudo o mais fica por conta da própria pessoa, de realmente querer melhorar, de saber escolher o melhor caminho. Mas sabe-se, que sonhos e aspirações, tentativas de progredir, mesmo quando a oportunidade existe, convivem em muitas ocasiões com entraves e dificuldades que fazem com que os menos persistentes as vezes desistam e fiquem pelo meio do caminho (ou à margem). Para sobreviver, vêem-se então obrigados a aceitar uma vida mais modesta. Em outras palavras, como dizem, quem faz o futuro somos nós, mas nem tudo depende só de nós. Reformas em várias áreas se fazem necessárias, inclusive na própria Justiça. As leis devem ser elaboradas com justiça. Muitas pessoas defendem-se dizendo: é lei! Mas e se a lei é injusta, fica por isso? Assim é muito fácil, cômodo demais, pois sabe-se que as leis são sempre feitas para favorecer aos que já estão no poder.
O que na verdade importa é o presente, o aqui e agora. Enquanto este, o presente, em passado vai se transformando e as lembranças se acumulando, o futuro aguarda. Mentalmente, o futuro presente sempre está, porque nele todos pensam. Sonhos, planos e mais planos, que serão realizados, ou não.
Partindo do princípio de que tudo que se planta dá. Sabemos que alguma coisa dá. Que dá, dá. Ainda mais nesse solo gentil, que tanta riqueza natural possui. Pelo menos deveria ser assim. Mas esse “gigante”, parece que querem deixar adormecido, uma vez que o caos e as dificuldades de toda ordem continuam. Para colher bons frutos, é preciso uma boa semente, mas não adianta simplesmente lança-la ao chão, é preciso cultivar, regar, acompanhar, ver crescer.
Em outras palavras, todos desejam para si e para os seus, o melhor. Não apenas um futuro melhor, o presente também. Um presente vitorioso será a prova de que o futuro já chegou.