Quantas?


Já não entendo a alma da minha alma ou as almas, que a mesma tem, os eus que penso ser meus, me abrumam como os convém. Por infinitos cantos de mim, me levam a meditar, me empurram ladeira abaixo, voltam a me resgatar, na fronteira do imaginário com o real, lugar onde eu não deveria ir, mas quando percebo já estou lá, me perguntando o que faço aqui? E embrenhada em meu universo, perco-me pelas ruas de mim. Como saber-me? Nessa diversidade de sentimentos e voos para mundos tão além de mim? Para mundos remotos e longínquos que me deixam reflexiva, pensativa e tantas vezes aturdida? Sinto, mas não consigo entender. Também não entendo o porquê de não querer saber-me. E assim vou eu. Numa mistura de sanidade e loucura, os meus eus psíquicos e espirituais minhas vontades sufocadas, tácitas mas, latentes em meu ser. Enfim, são tantas partes de mim, que até eu mesma, (eu mesma é ótimo, eu quem?) assusto-me por não poder e nem saber chegar ao fim de mim. Não me conheço e nem me tenho. E quando às vezes  por momentos, posso ter-me, não há tempo para conhecer-me, pois sou escorregadia e por entre os meus eus, eu já escorreguei de mim, mas graças à Deus, tem um que me conhece, que me tem e é o dono de mim. Crito Jesus meu Senhor. Esse, me faz transbordar, enche o meu ser de júbilo e regozijo. E faz-me entender que eu tenho apenas uma alma e que ela é plena... Então, exultante segue a minha alma, meditando no versículo bíblico: Quietai-vos e sabei que eu sou Deus
 
Kainha Brito
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Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 11/03/2012
Reeditado em 24/08/2016
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