MINISTROS DEVEM GANHAR MAIS: eles querem 27 mil reais por mês...
No dia 3 de março deste ano, o ministro do STF, Gilmar Mendes enviou um projeto de lei para a Câmara que prevê aumento de 14,09% aos ministros, que ganham, pasmem, R$ 24.500,00 Reais/mês e se o aumento for concedido eles passarão a ganhar R$ 27.952,05, fora outras regalias que tem para fazerem o que fazem ao povo, resumiu o cidadão João Carlos Ladim, em seu comentário em uma página importante da internet “e-ducador” onde há uma matéria falando a respeito da meritocracia como nova regra para aumento dos professores do Estado de São Paulo. (http://e-educador.com/index.php/artigos-mainmenu-100/5080-tucanato)
Enquanto o vale do professor paulistano das escolas estaduais é de C$ 4,00, e a hora aula, menos de C$ 8,00. Um ministro ganhando 24 mil reais, e ainda acha que é pouco? Como pode? O piso salarial recém-aprovado em Brasília é de C$ 900,00 para os professores, em nível nacional, e mesmo assim os crápulas do PSDB se uniram num complô para não pagar isso aos professores em Minas, São Paulo e Rio Grande do Norte, Acre, Alagoas, Goiás, Pará, Paraíba, Piauí. Agora compara isso com 27 mil reais que é o que querem ganhar os ministros.
“Para São Paulo, que paga salários superiores ao piso, a contratação de professores vai provocar um custo de R$ 1,4 bilhão por ano”. (Diário Oficial Eletrônico)
Realmente. O governo paulista tem tanto medo de investir mais no salário dos professores que Serra e o seu Paulo Renato, ministro da educação, decidiram criar a Lei 1097 para aumentar o salário só de 20% dos professores. Quanto ele economizará com essa tal de meritocracia? Além disso, criou mecanismos para retirar os professores de mais de 20 anos da sala de aula garantindo a eles uma falsa estabilidade de 12 aulinhas que devem ser cumpridas na escola. Sabe quanto ganhará esse professor “estável? Mais ou menos 500 reais por mês. No plano federal a proposta foi de um piso de pelo menos 900 reais. O governo de São Paulo caminha na contramão da educação quando institui provas para descartar professor e pegar um estudante e tecnólogos no lugar do professor mais velho que não conseguiu ir bem na tal prova imposta pela Lei 1094. Serra e Paulo Renato não se contentaram em criar a meritocracia para não dar aumento para todos os professores, eles criaram também a prova da exclusão e do descarte. É como se o professor que se encontra próximo de se aposentar fosse como um produto que se usou e agora não serve mais, é como se o professor fosse um objeto que após o desgaste sofrido pelo uso se joga fora. É isso que o Serra e seu secretário tem feito com os professores.
Qual será o salário do Paulo Renato? Qual o salário de Serra? Quanto ganha um parlamentar?
O vale-coxinha do professor paulista é de C$ 4,00 reais, e a hora-aula é C$ 7,50. Se fosse esse o salário de Serra e Paulo Renato, como reagiriam?
Talvez fizessem até greve de fome!
Eles ainda têm a coragem e a cara de pau de dizer que a greve dos professores é política. Nenhum trabalhador merece ganhar uma merreca dessas. Talvez valesse mais a pena vender cachorro quente do que ser professor nesse governo. Tenho aluno no EJA que o vale-refeição dele é de C$ 300,00. Fico até com vergonha, pois nem ticket-refeição eu recebo, mas os outros professores que recebem, o valor é de C$ 4,00.
Que você faria cidadão com isso????