O ABANDONO DA EDUCAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO: governador empurra os professores para a greve!
São 16 anos de abandono do bem mais precioso de uma nação: a educação. Nos últimos governos a educação vem sofrendo com o descaso político dos governos tucanos, desde que Fleury saiu do governo que os professores reivindicando melhorias nas escolas públicas, não é só salário, também isso é importante para que o professor sinta-se valorizado. Um professor do Pio XII, colégio particular em São Paulo relatou ministra aulas de Matemática nesse referido colégio e ganha 30 reais por hora-aula, já no Estado sendo ele, o mesmo professor lá e cá, não ganha 9 reais por hora-aula. O professor alegou que no Estado era para ganhar muito mais, pois pega maior bucha e o aluno dá mais trabalho, as salas são superlotadas e as dificuldades que enfrenta são maiores. Por que o governo paga tão pouco aos professores? Se lá esse professor é competente, por que no Estado é tão desvalorizado dando a mesma aula? Muitos professores estão nessa condição, muitos são professores de escolas particulares, cursinhos e escolas municipais, mas se sentem desvalorizados nas escolas públicas estaduais de São Paulo. O governo chama os professores de incompetentes ao estabelecer provas para avaliá-los, entretanto, ele não leva em consideração que o sucateamento que ele próprio e seus antecessores têm promovido sobre a educação paulista tem sido a maior responsável e não propriamente o professor pelo caos da qualidade do ensino, não se leva em consideração a maquiagem feita pelos prefeitos municipais que por ganância, abraçaram o ensino fundamental, quando em sua incompetência e ingerência tais prefeitos não conseguem dar conta nem do ensino infantil como é o caso de Jandira, São Paulo. Ao criticar os professores com base numa prova suspeita José Serra e seu secretário não levaram em consideração que as crianças estão saindo analfabetas escolas municipalizadas, do 1º ao 5º ano essas crianças carregam problemas que tendem a continuar para o resto de suas vidas, porque são coisas básicas que só se aprende nas primeiras séries. Como ensinar uma criança a escrever e realfabetizá-la com 50 a 60 alunos por sala de aula? Além da superlotação ainda existem os casos de inclusão. Como trabalhar um DM numa sala superlotada? Tem aluno tão problemático que se o professor virar as costas um pouquinho para passar um pequeno texto na lousa é arriscado que aconteça uma surpresa desagradável na aula relacionado a algum tipo de agressão por parte de determinados alunos considerados problemas. O professor fica às vezes de mãos atadas, e o governo só sabe criticá-lo e desvalorizar o seu trabalho ainda mais, juntamente com a mídia. Arnaldo Jabor da Globo só aparece para falar mal dos professores, deve estar ganhando muito para isso, Gilberto Dimenstein que teve suas obras recomendadas nos concursos de 1998, lembro-me de ter estudado “O cidadão do futuro” desse senhor e cheguei a recomendar aos alunos “ Cidadão de Papel”, coisa que hoje não faria mais, indicaria qualquer obra, menos desse jornalista “puxa-saco” do governo. O governo mente quando faz suas propagandas políticas na TV, mente quando diz que colocou dois professores por sala de aula, mente quando diz que deu aumento aos professores, mente quando mostra na TV escolas com salas de laboratório, informática, salas de vídeo e biblioteca. Tem escolas em Jandira que os computadores não foram instalados até hoje, já estão obsoletos e ainda existem escolas de latas e outras da periferia totalmente abandonadas, sem quadra coberta, falta água e os alunos não são dispensados, banheiros quebrados, inclusive dos professores. A escola “Dolores Pashoalim” não tem bebedouro para os professores matarem sua cede e a garrafinha d’água custa 1 real na cantina, um galão de água custa 3,50, valor de três garrafinhas de menos de dois copos d’água. Absurdo. As condições dos professores são deprimentes, e se quiserem um lanche nas reuniões pedagógicas, precisam fazer “vaquinha” para poder ter o mínimo direito a um pão com mortadela. Os jornalistas, Jabor disse a maior besteira que um desses trogloditas do governo poderia dizer: “a greve dos professores é contra pobre”. E as reportagens da Globo, são a favor dos pobres? Por que mentem tanto? Por que as novelas são uma lavagem cerebral? Por que ao invés de passarem coisas mais úteis eles preferem exibir um rol de besteiras no BigBrother 10 que já faturou milhões só com telefonemas? Jabor, faz uma crônica falando desse programa ridículo e pare de dizer besteiras sobre a greve dos professores. Áh, isso o senhor não vai fazer nunca, porque tem o “rabo preso”, e pode perder a boquinha na telinha do plim-plim, não é? O Dimenstein também prefere criticar os professores que perder seu milionário salário pago para dizer besteiras. Não adianta, os professores estão reagindo ao descaso político de anos e já chegou aos 60 mil na ultima paralisação. A Paulista foi totalmente tomada, a Consolação e a Secretaria da Educação ficou cercada. Paulo Renato não dá às caras e diz: “Não há o que negociar”. Saibam, meus caros, que enquanto o secretário diz essa asneira, o descaso continua, só de secretários foram três que foram trocados nos três anos de governo Serra, e Paulo Renato será o 4º secretário a renunciar, e fará isso junto com Serra para se candidatar, disse Paulo Renato irá será o 4º secretário a renunciar nesse governo. “Esse governo atual, o governo José Serra não tem feito nada em defesa da educação. Tudo que nós tivemos ai, as últimas avaliações do MEC, mostrando que a educação no Estado de São Paulo está falida, está degradada, está no fundo do poço...”, afirmou Giannazi. “Por que, que São Paulo ficou em último lugar na avaliação do MEC”?, questiona Giannazi. Segundo o parlamentar foi protocolado junto a ALESP um pedido de CPI para exigir explicações sobre o descaso político do governo para com a educação, mas José Serra através do clientelismo político controla praticamente toda a Assembléia Legislativa, o que dificulta qualquer pedido dessa natureza, feito por alguém da oposição. O PSOL com apenas dois representantes na Casa de Leis tem feito muito esforço para reunir as 35 assinaturas que precisa para protocolar, até agora só conseguiram 22. Segundo Giannazi, parece que o PSOL ainda não vai conseguir reunir as 35 assinaturas, só falta conseguir mais 13 assinaturas, mas é difícil, porque a orientação que o governo estadual deu para todos os partidos políticos, tirando o PT que é oposição e o PSOL, é que não assinem nenhum pedido de CPI, “agora, nós contamos é com os movimentos sociais, com os movimentos externos à Assembléia Legislativa”. Giannazi afirmou que Serra está DEIXANDO DE INVESTIR 9 MILHÕES DE REAIS NA EDUCAÇÃO o que daria para reajustar o salário de todos os professores. Quem está promovendo a greve é o próprio governo, afirmou o deputado. Serra está empurrando os professores para a greve, ele pagou pra ver e viu: 60 mil professores foram parar na Paulista nesse dia 19 de março. A Assembléia no vão do Masp foi unânime em aprovar o próximo ato para 23 de março na Assembléia Legislativa, desta vez os professores irão à “toca do leão”, como disse um dos oradores inflamados em seu discurso no caminhão.
O grito de “Fora Serra”, era unânime. 60 mil professores gritavam isso: se não tem competência para cuidar da educação de São Paulo não pode governar o Brasil, diziam... “Fora Serra”, gritavam os professores com indignação.
Os adjetivos do presidente da UDEMO (Sindicato dos Diretores de Escolas) e de outros presidentes para o governador eram do tipo: “Pinóquio”, “mentiroso”. Claro, tudo que o governo tem feito mesmo é causar cada vez mais a indignação dos professores, funcionários da AFUSE, diretores, aposentados do magistério (AMPESP) e outros segmentos do setor da educação que se uniram a APEOESP para essas manifestações.
Vejam as fotos em http://paulinhistory.blogspot.com/