Jornalecos mentem: jornalistas não sabem calcular!

É uma pena, mas os nossos jornalistas que cobrem os noticiários sobre as manifestações dos professores repetem os mesmos erros. Eles divulgam 1% quando há 40 mil professores reunidos em assembléia, se todos os professores entupissem a Paulista e ocupassem todos os espaços, eles irão dizer a mesma coisa, sempre a mesma coisa. Talvez repetindo 300 vezes a mesma mentira, quem sabe ela vira verdade? Não era isso que dizia o ministro da propaganda nazista? Não é repetindo milhares de vezes a mentira que Hitler conquistou toda a Alemanha? Pois é,essa é a tática do governo e seus aliados, inclusive os jornalistas da Folha, Estadão, O Globo etc. Essa é a imprensa mentirosa e burguesa que temos, jornalistas mentirosos que escrevem matérias de mentira. Eles mentem descaradamente, mentem veementemente, e de tanto repetir suas mentiras tentam jogar a opinião pública contra aqueles que sonham e lutam por uma educação melhor, com professores mais felizes. O que divulgou o Estadão sobre a paralização do último dia 12 de março, sexta-feira, eles dizem que tiha 1%, mas na verdade havia na Paulista uma multidão de aproximadamente 40 mil professores que decidiram dar continuidade à greve deflagrada no dia 5 de março. Os professores tomaram todo o vão livre do MASP e as duas pistas da avenida Paulista. A mentira e a falsidade dos números divulgados pelos jornalistas e seus jornalecos tem um só propósito: desmoralizar a categoria e favorecer afirmar a propagada do governo Serra e setores da mídia. Esse é o propósito! Por que a greve teria atingido apenas 1% dos professores, se a Paulista ficou totalmente tomada? Qualquer leigo em matemática podia olhar e ver pela própria passeata que 1% não poderia ocupar toda a Consolação e ainda fechar vários cruzamentos de outras avenidas importantes.

Os informes das subsedes durante a realização da reunião do Conselho Estadual de Representantes garantiram que 80% dos professores de todo o Estado paralisaram suas atividades, no interior houve diversas manifestações, entretanto muitos colegas professores da capital e da Grande São Paulo parecem estar anestesiados. O comando de greve de Itapevi encontrou professores cumprindo aquelas 12 aulinhas e que não passaram na prova numa espécie de paralizia cerebral como se não estivessem entendendo o massacre que o governo tem promovido sobre eles, muitos não aderiram ainda o movimento.

Os professores aprovaram a realização de uma nova assembléia para a próxima sexta-feira, dia 19, a partir das 14 horas, novamente no vão livre do MASP (avenida Paulista). O calendário aprovado prevê a realização, na próxima quarta-feira, 17, de “pedágios” nas principais avenidas das cidades – ou atos em praças públicas, panfletagem com carro de som etc, a critério de cada subsede. A reunião do CER aprovou, e a assembléia referendou, a sugestão da frase para as faixas a serem levadas aos pedágios: “Serra mente para o povo/A Educação pede socorro!”

Principais eixos do movimento:

- Reajuste salarial imediato de 34,3%;

- incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados;

- por um plano de carreira justo; pela garantia de emprego;

- contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito);

- pela revogação das leis 1093,1041,1097;

- concurso público de caráter classificatório;

- contra as reformas do Ensino Médio;

- contra a municipalização do ensino;

- pela luta contra o PLC 1614 (avaliação nacional dos professores)

FONTE APEOESP