Falta de segurança montagem de eventos
A falta de segurança para a realização de eventos em concentração de grande público.
O artista chegou, a decoração impecável e o som testado em exaustivas horas antes do início do show.
Tudo está perfeito. A cerveja gelada o acarajé quente e a moçada bonita presente.
Não há nada visível que demostre riscos.
Luzes, câmara, ação. Afinal o show não pode parar e o povo vive de pão e circo. Pode até faltar pão, circo nunca.
A estrutura metálica e o sistema elétrico necessitam de projeto. O CREA fiscaliza. Alguém assina a ART de montagem e de energia, e, muitas vezes não acompanha a montagem, não fiscaliza as proteções, e o aterramento. Está tudo no desenho, no ART, e de lá não saiu.
A montagem de show é um enorme empreendimento industrial de diversão que se instala em pouco mais de trinta dias, se usa em algumas horas e se desmonta em menos de dez dias.
Uma indústria de chinelo de dedo, bermuda e boné, sem um único EPI.
A falta de certificação dos operários é uma constante. "pega qualquer um ai na rua mesmo, nós treina na hora", é assim que se contrata.
Mas nem tudo está perdido. Percebe-se montadoras de estrutura metálica totalmente regularizada. Com projeto, Crea e fiscalização perfeita, mas falta integração com a empresa que monta estrutura , sistema elétrico e cenografia.
Os pontos mais críticos são:
Estrutural
Estrutura metálicas montadas sem estudos prévio de estabilidade do solo.
Uso de tendas inflamáveis;
Excesso de decoração inflamáveis (plástico, madeira, palha, tecido sintético etc.
Falta de rota de fuga em caso de acidente;
Ausência de controle de número de pessoas no local.
Energia:
Quase sempre o show prever grande potência elétrica. A energia é suprida por geradores ou pela concessionária, ou ambos.
Não há preocupação com o armazenamento e a operação do combustível. Gerando risco elevado de incêndio e da constante contaminação do solo.
Ausência ou deficiência de malha de terra e para-raios;
Ausência ou deficiência de proteção seletiva (o que é isso? perguntou o engenheiro responsável.);
Inexistência de instalação com cabos anti-chama (usa-se cabos paralelos, ou cordão torcido para alimentar cargas);
Inexistência de sistema de proteção contra choque elétricos (DR);
Ausência de DPS;
Risco de acidente por estática;
Acentuada aproximação de trios à rede de energia.
Operacional:
Risco no trabalho em altura (sem treinamento específico, sem EPI);
Intoxicação por tintas e adesivos;
Intoxicação alimentar, entre outros.
Outros fatores não menos importantes colaboram para piorar
Carência ou ausência de serviço de socorro para acidentes graves.
Falta ou ausência de pessoal de cortrole de fluxo de pessoas, devidamente treinado;
Comando inadequado;
Baixa capacitação dos gestores e falta de equipe técnica de apoio aos gestores;
Riscos indiretos:
Acidente de trânsito e intoxicação por excesso de álcool e outras drogas.
Casos vividos de fiscalização de não conformidades:
Exemplos práticos:
Aterramento:
Montador questionado sobre ausência de aterramento.
Resposta; “ a extrutura é feita de alumínio e alumínio não conduz eletricidade”.
Montador de iluminação cenográfica questionado sobre aproximação inadequada de rede de 35 mil volts.
Resposta: “Eu não vou pegar no fio não moça. Fique tranquila”
Nota: em 35 KV a aproximação de meio metro representa risco de morte.
Os acidentes ocorrem, a maioria das vezes as estatísticas são manipuladas.
Incêndios de grande porte. Quedas, badernas, acidentes de veículos, são só alguns exemplos de totalmente controláveis.
Regina Michelon
http://www.michelonenergia.com.br
Notícia publicada em 21/02/2010
A falta de segurança para a realização de eventos em concentração de grande público.
O artista chegou, a decoração impecável e o som testado em exaustivas horas antes do início do show.
Tudo está perfeito. A cerveja gelada o acarajé quente e a moçada bonita presente.
Não há nada visível que demostre riscos.
Luzes, câmara, ação. Afinal o show não pode parar e o povo vive de pão e circo. Pode até faltar pão, circo nunca.
A estrutura metálica e o sistema elétrico necessitam de projeto. O CREA fiscaliza. Alguém assina a ART de montagem e de energia, e, muitas vezes não acompanha a montagem, não fiscaliza as proteções, e o aterramento. Está tudo no desenho, no ART, e de lá não saiu.
A montagem de show é um enorme empreendimento industrial de diversão que se instala em pouco mais de trinta dias, se usa em algumas horas e se desmonta em menos de dez dias.
Uma indústria de chinelo de dedo, bermuda e boné, sem um único EPI.
A falta de certificação dos operários é uma constante. "pega qualquer um ai na rua mesmo, nós treina na hora", é assim que se contrata.
Mas nem tudo está perdido. Percebe-se montadoras de estrutura metálica totalmente regularizada. Com projeto, Crea e fiscalização perfeita, mas falta integração com a empresa que monta estrutura , sistema elétrico e cenografia.
Os pontos mais críticos são:
Estrutural
Estrutura metálicas montadas sem estudos prévio de estabilidade do solo.
Uso de tendas inflamáveis;
Excesso de decoração inflamáveis (plástico, madeira, palha, tecido sintético etc.
Falta de rota de fuga em caso de acidente;
Ausência de controle de número de pessoas no local.
Energia:
Quase sempre o show prever grande potência elétrica. A energia é suprida por geradores ou pela concessionária, ou ambos.
Não há preocupação com o armazenamento e a operação do combustível. Gerando risco elevado de incêndio e da constante contaminação do solo.
Ausência ou deficiência de malha de terra e para-raios;
Ausência ou deficiência de proteção seletiva (o que é isso? perguntou o engenheiro responsável.);
Inexistência de instalação com cabos anti-chama (usa-se cabos paralelos, ou cordão torcido para alimentar cargas);
Inexistência de sistema de proteção contra choque elétricos (DR);
Ausência de DPS;
Risco de acidente por estática;
Acentuada aproximação de trios à rede de energia.
Operacional:
Risco no trabalho em altura (sem treinamento específico, sem EPI);
Intoxicação por tintas e adesivos;
Intoxicação alimentar, entre outros.
Outros fatores não menos importantes colaboram para piorar
Carência ou ausência de serviço de socorro para acidentes graves.
Falta ou ausência de pessoal de cortrole de fluxo de pessoas, devidamente treinado;
Comando inadequado;
Baixa capacitação dos gestores e falta de equipe técnica de apoio aos gestores;
Riscos indiretos:
Acidente de trânsito e intoxicação por excesso de álcool e outras drogas.
Casos vividos de fiscalização de não conformidades:
Exemplos práticos:
Aterramento:
Montador questionado sobre ausência de aterramento.
Resposta; “ a extrutura é feita de alumínio e alumínio não conduz eletricidade”.
Montador de iluminação cenográfica questionado sobre aproximação inadequada de rede de 35 mil volts.
Resposta: “Eu não vou pegar no fio não moça. Fique tranquila”
Nota: em 35 KV a aproximação de meio metro representa risco de morte.
Os acidentes ocorrem, a maioria das vezes as estatísticas são manipuladas.
Incêndios de grande porte. Quedas, badernas, acidentes de veículos, são só alguns exemplos de totalmente controláveis.
Regina Michelon
http://www.michelonenergia.com.br
Notícia publicada em 21/02/2010