A Dengue avança em Goiás
O Brasil é um país tropical onde se faz muito calor, e em épocas de chuvas muitas doenças causadas por vírus e bactérias se proliferam, dentre elas a dengue e a febre amarela. Muitos mosquitos causadores de doenças depositam os seus ovos em poças d'águas ou em recipientes abandonados ou mal cuidados multiplicando assim as suas espécies. Os mosquitos gostam de águas quentes para chocarem os seus ovos. Daí vem as larvas que se transformam em novos mosquitos. Ao sermos picados por mosquitos infectados pegamos uma variedade de doenças.
Com o calor toda matéria orgânica em decomposição (lixo doméstico, por exemplo) se deteriora rapidamente causando ainda mais a proliferação de vírus e bactérias; e todo ser vivo precisa de mais água para evitar a desidratação e até para a eliminação de certas doenças. A água contaminada também transmite muitas doenças como Leptospirose doença causada por uma bactéria chamada leptospira presente na urina do rato e Esquistossomose (barriga d’agua) causada por vermes shistosoma, malárias, diarréias e verminoses.
A água em abundância e uma temperatura amena são importantes para a manutenção da vida. A água é importante para a hidratação de nossos corpos assim como de todos os seres vivos. A água também é importante para a nossa higiene pessoal e assim evitarmos certas doenças. A água contaminada prejudica o meio ambiente e a nossa saúde.
As chuvas acontecem quando há muito calor e umidade. Com a chuva vem ainda mais umidade e o ciclo de chuvas se repete. Com a umidade e muita água empoçada e fartura de alimentos microscópicos muitas doenças reaparecem, dentre elas a dengue e a febre amarela urbana transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti que ora infectado ao picar uma pessoa ou animal doente. A dengue hemorrágica é consequencia da fragilidade da pessoa afetada por outra doença, anemia ou por reincidência da própria dengue.
A dengue é a doença que mais preocupa, pois coloca em risco a saúde de cerca de 2 bilhões de pessoas que habitam regiões urbanas e suburbanas de mais de 100 países das regiões tropicais e subtropicais em todo o mundo, com 100 milhões de casos, 500 mil internações e 20 óbitos por ano. O Aedes Aegypyti é o nome do mosquito que transmite a dengue e a febre amarela urbana, que é um pouco menor que o pernilongo e de cor mais escura e com manchas brancas e vive cerca de 45 dias. O nome científico do vírus da dengue é Flaviviridae, e existem quatro tipos de vírus da dengue diferentes entre si. O mosquito Aedes Aegypyti é infectado ao picar uma pessoa doente, e ao picar outra pessoa transmite a doença. Os sintomas da dengue são parecidos com o da gripe, como dores nos músculos, ossos e articulações, febre altas, e exceto as manchas vermelhas pelo corpo.
Para a dengue ainda não existe cura nem vacina. Os remédios existentes controlam apenas a temperatura do corpo e evitam a desidratação. Em crianças, idosos, gestantes e pessoas com deficiências imunológicas causadas por outras doenças a dengue pode se tornar perigosa e até fatal. Uma pessoa com dengue precisa se alimentar bem e beber muita água, e com cuidados devidos em até 15 dias a pessoa vitimada se cura. A observação de especialistas é que não se pode tomar analgésicos e antitérmicos com base de ácido acetil-salicílico (Aspirina, AAS, Melhoral, Doril, etc.) que causam hemorragias no organismo.
A maneira mais eficaz de evitar a dengue é eliminando o mosquito Aedes Aegypti e os seus criatórios ou focos de larvas. Os mosquitos (fêmeas) da dengue põem os seus ovos em pequenos depósitos de água parada e em recipientes deixados pelo homem como piscinas, cisternas, caixas d’aguas, pneus velhos, bacias, latas, calhas, cacos de vidro e vasos de plantas. Pois em épocas de chuvas a água se acumula em qualquer recipiente.
A incumbência do combate a dengue é dos municípios que têm os seus Agentes de Saúde, carros fumacês, venenos e toda uma parafernália de equipamentos. Algumas cidades são ineficientes no combate e por isso há muitos casos de dengue. Em Goiás só neste primeiro mês já são 15,6 mil casos confirmados em 158 municípios, com 5 mortes, um aumento de 502,4% em relação a janeiro do ano passado. Em Goiânia cidade com cerca de 1,5 milhão de habitantes, onde há muito calor e umidade devido as chuvas só no primeiro mês já foram 5,2 mil casos confirmados e 4 mortes, e onde os Agentes de Saúde têm dificuldade para combater os focos em lotes baldios, em casas abandonadas, e em até em casas habitadas.
O problema de muitos municípios não é só o combate ao mosquito da dengue, mas a falta de colaboração de seus moradores, que deixam água acumuladas em recipientes dentro de seus quintais e até dentro de casa. Em Goiânia tramita na Câmara Municipal um projeto de lei que ao ser aprovado pelo plenário da mesma e sancionado pelo prefeito, vai permitir que os Agentes de Saúde multem donos de imóveis onde forem encontrados focos de mosquitos da dengue. Outros municípios já tomaram essa decisão, que está surgindo efeito. Antes de multar, é preciso que haja uma campanha de conscientização da população nesses municípios. É preciso haver também um mutirão de limpeza. Pois se a população não colaborar, não vai adiantar tantas multas.