A decadência no cenário musical de Salvador
O cenário musical baiano, propriamente de Salvador, existe uma divisão de “classe” (o axé e o pagode), uma disputa entre esses dois seguimentos, sendo que entre os artistas do axé, muitos desses acham que o seu estilo é superior do que o artista do pagode.
Vemos muitas opiniões de pessoas quando escuta algumas das musicas que são tocadas nas rádios sem conteúdo, dizerem coisas do tipo: “só pode ser coisa de pagodeiro”.
Vamos ser sinceros que as pessoas que acham isso estão certas, mas não é só no pagode que ouvimos trabalhos de má qualidade, na verdade, em ambos os seguimentos na sua grande maioria.
As musicas que escutamos pode ter até suingue, “batida” que envolve e estimula o corpo a dança, mas as letras das musicas são ruins. Parece-me que alguns dos compositores da Bahia não se preocupam mais em compor, escrever bons trabalhos, tanto no axé como no pagode, letras de conteúdo. Que conte a história, que resgate a cultura de um povo ou trate de uma questão social para reflexão. Evitando a decadência no cenário musical de Salvador.
O pagode de Salvador sempre existiu letras de duplo sentido, que no seu inicio eram leves (com brincadeiras), mas atualmente as letras na sua maioria além de não ter conteúdo, denigrem a imagem da mulher.
E o pior, parece que as mulheres não se importam com isso, tanto que dão a ousadia de continuarem fazendo esses tipos de trabalho. Porque se realmente não dessem esse espaço em ouvir e ainda dançar de forma sensual que na verdade é vulgar e ainda por cima demonstrando em público, não fazem nenhuma reivindicação para a conscientização da velha e nova geração de compositores baianos. Prova disso é que no mês de Agosto de 2009, uma mulher sendo ela uma professora de educação infantil dançou de maneira vulgar em publico a dança do “Todo Enfiado” da banda de pagode “O Troco”, na casa de Show Malagueta na cidade de Salvador. Apesar de que não foi só ela que encontrava presente contribuindo com o magnífico espetáculo, como havia outras mulheres que também não se valorizam se estavam presente no recinto participando como dançarinas voluntárias (dançando de graça), denegrindo a imagem da mulher e ajudando o cenário musical do pagode baiano ser sempre criticado pelos outros segmentos musicais.
Os vídeos produzidos por telespectadores foram para no You Tube e o caso ocorrido acabou sendo divulgado e virou centro das atenções em toda a mídia, saindo varias matérias sobre o assunto. Criou-se uma polemica devido à demissão da professora Jaqueline.
Qual a sua opinião sobre esse assunto?
Você como pai e mãe, permitiria que seus filhos fossem educados por uma profissional que exercesse esse tipo de comportamento?
Muitas foram as criticas, sendo que algumas pessoas disseram não achar nada demais. E ainda por cima, teve programas jornalísticos que no período culparão somente a banda de pagode, precisamente o vocalista de indução pornográfica a essa mulher que é maior de idade, além de ser uma pessoa instruída, sendo formada em pedagogia.
Claro que opiniões de pessoas que não estão preocupados com a imagem da mulher e com a decadência da cultura popular, nesse caso o pagode (originado do samba) na Bahia.
Atualmente a ex professora Jaqueline se tornou dançarina oficial da banda “O Troco” onde já se apresentou como a nova integrante do grupo caracterizada com roupa de professora (roupa composta que no decorrer do Show muda de sentido),durante um grande Show promovido em Salvador, dançando a coreografia do "Todo Enfiado" em que a Jaqueline fica em posição estratégica em que "Napoleão perdeu a Guerra" e a saia fica suspensa deixando amostra a calcinha fio dental enquanto o vocalista segura e puxa mais ainda o fio da calcinha chegando aparecer a parte intima da mulher.
Na época do grupo É O Tchan a maioria das crianças gostavam de dançar as coreografias que ficaram famosas com as ex-dançarinas Carla Peres e Débora Brasil e com o ex-dançarino Jacaré, como; "A Dança do bumbum". Agora como a dança do “Todo Enfiado” está sendo executada como uma dança normal na cidade de Salvador eu só quero vê quando as crianças começarem a fazer o mesmo em publico. Já pensaram nisso?