Texto: A SÁBIA VOZ DO POVO / Autor: Odenir Ferro
Texto: A SÁBIA VOZ DO POVO
Autor: Odenir Ferro
Às vezes eu me deparo confrontando com as minhas indignações. Enquanto vou me questionando sobre tantos tópicos sociais, ou que estão ou são ou vão sendo estabelecidas, “conforme o andar das carruagens”, como as regrinhas sociais que definem os muitos ou os nadas, nos jogos sutis, ou que se tornam, gradativamente e sempre, sendo feitos tão sistematicamente, dentro de certos comportamentos idealizados como sendo politicamente corretos. Politicamente corretos?!
Eu disse isto?! E o que vem a ser politicamente correto?! (...)
Na rotina diária de trabalho, tenho alguma consciência bem estabelecida dentro do meu modo de agir. Sempre receptivo para acolher e entender a importância de se criar, produzir, algo que seja construído de maneira bem aparada, de formas bem apuradas e com todos os acabamentos bem feitos. E que gerem significativas estéticas visuais no tocante aos recursos das palavras que possam ser elaboradas de maneiras intensamente envolventes, empolgantes e que possam criar certo carisma pleno de significativa beleza, no sentido de se narrar algo que seja consistente e real, dentro dum elevado desempenho artístico elaborado dentro desta narrativa. De forma que ela se elabore de formas intensas, agradáveis, e com boas qualidades para todos àqueles que estiverem porventura. lendo o determinado texto em questão.
Para que desta maneira, a nossa criação seja duradoura e se possível, possa até contribuir para embelezar as qualidades das vidas do nosso Planeta! E que andam numa deriva perigosa, em meio aos muitos conflitos pelos quais nós, muitos, andamos atravessando juntamente com as revoluções gigantescas, desproporcionais às nossas capacidades de aceitação e adaptação, que sucessivamente estão ocorrendo dentro do nosso Ambiente Planetário. E que estão acontecendo de maneiras inconstantes e bruscas, em conseqüência das muitas transformações sucessivas, ocorrendo em todos os aspectos. E por todas as áreas da Natureza!
E assim sendo, o que dizer então, da natureza humana?!
O que anda acontecendo, cada vez tão mais intimamente sofrível, com as nossas convivências sociais?! O que faz com que desgarremos cada vez mais dos convívios afetivos, emocionais, que sempre teve e têm dentro dos seus aspectos psicológicos, amplas forças para gerarem diversos confortos espirituais dentro do nosso íntimo, dentro das complexidades existenciais estabelecidas dentro das lógicas reais compreendidas dentro da virtualidade gerada dentro da nossa personalidade, vivenciada no nosso mundo interior?!
Quais são as perturbações tão deprimentes que estamos sendo obrigados a enfrentar, impostas por poderes dominantes?! Além de já nos ampararmos nas conflitantes cargas emocionais que temos que carregá-las como sendo um enfadonho encargo social da nossa sobrevivência?!
O que fazer, para aonde se ocultar ou se excluir de dentro desta quase tão estúpida explosão social inclusa dentro dos objetivos burlescos e fúteis pelos quais somos obrigados a vivenciar, nos panoramas do nosso mundo interior, ao percebermos que estamos sendo invadidos, agredidos, transgredidos na alma, por tantos engodos, por muitos enganos, e as muitas peripécias produzidas nas estratégias políticas sempre tão cheias de farsas, pelas quais, somos obrigados a vivenciá-las no nosso cotidiano?!
Sem podermos criar forças para modificarmos o panorama exterior que fica cada vez mais estereotipado por pessoas fraudulentas, ímpias, e totalmente injustas?!
Totalmente avessas aos nobres e verdadeiros compromissos sociais pelos quais elas realmente deveriam servir, como sendo instrumentos altamente espiritualizados, (assim era de se esperar!) por representarem em uníssono e concordância, a boníssima e a tão sábia voz do Povo.
Esta nossa sempre tão afinada com a Voz do Universo! Emanada pelos Sons do Amor de Deus!
Qual deveria ser o tom da nossa voz, estabelecido em nós, para podermos empolgar as dinâmicas da sabedoria contida dentro das nossas razões naturais, do nosso existir, para que despertássemos desta maneira, as nossas inquestionáveis forças que temos dentro de nós, adormecidas?! E que ficam a espera de alguma atitude da nossa parte, para poder se manifestarem... Pacificamente à espera que comecemos a tomarmos alguma atitude, quando nos apercebermos, mesmo que seja gradativamente, o quanto há de desafetos, jogados, desperdiçados, negligenciados a esmos, nas dinâmicas da nossa vida?! Devido ao fato de estarmos sendo manipulados por pessoas que poderiam e deveriam fazer algo de útil e de bom e de duradouro para o bem humanitário. Mas que não o fazem!
Nem mesmo sequer, se atrevem a fazê-lo! Seja um mínimo que for. Pois, para se atreverem a fazerem algo de útil, antes de tudo, seria preciso que se desvencilhassem das próprias máscaras agarradas, pregadas, coladas, nas suas vaidades impostas pelos status de “personas” que são.
Máscaras tediosas e ofuscadas pelos falsos brilhos envaidecidos por uma incapacidade política cada vez mais industrializada, cada vez mais personalizada, ou seja, cada vez mais mascarada, cada vez mais se tornando uma verdadeira fantasia que vai cegando-os através dos múltiplos jogos de farsas, e mais farsas, rebrilhando-se nas discretas máscaras!
Por alguns instantes, posso denotar inerente ao meu jeito de ser, certos constrangimentos, ao deparar com os meus argumentos e denotar dentro deles, certas lacunas de imparcialidades, no sentido de se criar uma visão para algumas linhas de segmentos aonde se possam ser definitivamente retratados, os acontecimentos sociais que possam efetivamente descrever-se com alguma certeira linha de generalidade, em todos os aspectos – voluntários ou não – as esperanças de cada qual dos componentes que se compuserem em todas as estruturas desta sociedade. Podendo mostrar tanto na individualidade de cada persona, quanto na íntegra de cada qual – a força íntima dos desejos que vão abrangendo todas as esferas de quaisquer espaços sociais gerais, e que sejam estabelecidos dentro de uma cultura – aonde se retratem os segmentos sociais valorizando os seres humanos, quaisquer que sejam eles.
Mas, para assim podê-los descrevê-los, confesso que me deparo e me comparo comigo mesmo ao pensar, sentir, refletir, e por inúmeras vezes até me decepcionar, com os fatores que me impedem de que eu possa criar um enredo com mais empolgantes qualidades literárias. E que se façam jus merecedores de afortunados créditos de uma superabundância criativa, dentro de um veio poético no qual possa eu, então, recriar, através da arte, todas as belezas que se possam ser descritas, interpretadas, gesticuladas, visualizadas, através de todas as realidades sentidas e vividas nas primazias dos valores humanos.
Valores que se perdurassem indefinidamente, numa trajetória de verdadeiros sentimentos. Então, eu fico desta maneira, refletindo no quanto agradável a mim seria se fossem, estes valores, além de se perdurarem indefinidamente, direcionados a tudo o quanto fosse de bom, de belo, de útil e duradouro para o enriquecimento das qualidades de vidas. Onde cada pessoa encontrasse o que tanto buscam e desta forma, acreditassem em algo ou em alguém, para sentirem-se ao menos, confortáveis dentro de algum certo alívio, quando revitalizassem dentro de si, algum bem-estar de bem com a vida, apesar de tudo!
Par enfim, concluir este meu raciocínio, penso no quanto seria tão bom se eu tivesse inerentes em mim, as mesmas qualidades, os mesmos atributos que fizeram de Victor Hugo, na sua época, ser um ser tão grande, além de sábio mestre escritor e poeta.
Ele é um dos meus ídolos, pois eu o admiro muito.
Victor Hugo tinha uma linha estética muito objetiva, linda, perfeita. Sua poesia é perfeita. De rimas líricas e versos clássicos muito bem compostos.
Victor Hugo soube retratar a sua época com uma genialidade sociocultural ímpar.
Ele soube dar epopéia significativa e verdadeiramente mágica e artística aos seus belos e uniformes escritos!