SOCOS, PONTAPÉS E PAULADAS, NESSAS AUTORIDADES.
Quando da sua posse, o homem público faz um juramento: respeitar a Carta Magna e as demais leis vigentes da nação. Assume um direito de exercer o poder e zelar o respeito pelos deveres. Lamentavelmente, no nosso país, alguns homens públicos têm imunidade e as leis não alcançam uma punição para seus atos indecorosos (inoperância do Judiciário ou falha na lei?). No Brasil, ainda existem leis que atentam contra o soberano na democracia: o povo. A inviolabilidade dos atos e palavras das autoridades, aparados pela norma suprema, tem como escopo, que respeitem os princípios que norteiam a administração pública como legalidade e moralidade, entendidas aqui como moral jurídica e respeito a norma jurídica em sentido estrito, do qual o homem público não pode se afastar, sob pena de se ver corrigir pelo poder Judiciário.
No início da semana, fiquei foi perplexo, com a notícia de que o jornalista Paulo Andreoli, foi agredido verbal e fisicamente pelo prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho. Na sexta-feira, novamente, uma nota de repúdio do sindicato dos jornalistas, consta que o mesmo jornalista foi agredido pelo deputado estadual Miguel Sena. Ambos os acontecimentos foi com o ônus público. Oxalá! Que o sindicato tenha dado auxílio e assistência jurídica, para que o jornalista Paulo Andreoli tome as providências legais contra os atos abusivos dessas duas autoridades truculentas. Antes que outras autoridades se sintam no direito de fazê-lo de saco de bordoadas.
Não sou ingênuo ao ponto de acreditar que não existam profissionais irresponsáveis e despreparados na imprensa de Rondônia (do Brasil). Eu mesmo fui vítima de alguns jornalistas aleivosos. Espero que não sejam esses os procedimentos do Paulo Andreoli na execução de suas funções. As autoridades que se sentirem vítimas da irresponsabilidade de qualquer profissional da comunicação deva recorrer à Justiça, para garantir seu direito de resposta e futura reparação por danos. É-me injustificável toda essa agressividade. O caminho para refrear qualquer abuso que um jornalista supostamente tenha cometido, deva ser, sempre, ao poder Judiciário.
Eu não sei como Paulo Andreoli revidou aos seus agressores. Mas se é comigo, na iminência de ser agredido, fisicamente, recorro a todos os meios de DEFESA: socos, pontapés e pauladas, mesmo que meu agressor seja autoridade máxima do País. É na lei que me amparo: sob forte emoção, a reação violenta, após uma injusta provocação, quando há a intenção de defender-se, não deve ser considerada um ato criminoso. A lei é para ser respeitada por todos.