Quem somos, nós, os profissionais de RH?
Ainda há tempo de se refletir sobre “Quem somos, nós, os profissionais de RH?” Qual é a nossa importância no desenvolvimento de uma consciência “crítica”, enquanto agentes de mudança? Qual é a nossa participação neste cenário de transformação social: Estamos contribuindo para a construção de uma sociedade inclusiva ou para a manutenção dos processos de exclusão?
É fundamental se fazer uma leitura crítica do contexto social, econômico, político e histórico das organizações, isto é conhecer a cultura e a história da empresa, seus sistema de crenças e valores.
Enquanto agentes transformadores precisamos também acompanhar as mudanças sociais e ampliar as nossas possibilidades de atuação, incluindo políticas de inserção de “portadores de deficiência ou necessidades especiais” nos quadros funcionais das Organizações.
Então, qual é a importância e o perfil do profissional de RH? Quais são os pontos que possuo e quais são os que preciso desenvolver? Quando? Onde? Como?
A partir destes questionamentos reconhecemos cada vez mais como é essencial o papel de cada um no desenvolvimento da Organização como um todo, sendo esta parte integrante da sociedade, com a qual estabelece vínculos, mediante o exercer de sua função social.
Ao assumir sua responsabilidade social, a organização promove a cidadania por meio da inclusão social e do respeito à diversidade, ocorrendo um aprendizado tanto por parte dos “ portadores de deficiência” quanto por parte do sistema organizacional.
Mas, como empregar, sem discriminar?
Apesar de um discurso que defende a inclusão, ainda há no mercado de trabalho, a exclusão das chamadas minorias.
Será que adotando uma postura assistencialista e definindo a função dos “portadores de deficiência”, a partir de sua limitação física, estamos promovendo a inclusão ou contribuindo para a manutenção de atitudes preconceituosas?
O preconceito é velado. Nossa sociedade parece orientada pela concepção da “pessoa perfeita”. Mas, quem é perfeito? Quem não tem limitações?
Será que as Organizações estão preparadas com infra-estrutura para contratar os “portadores de deficiência“? Há oportunidades, um plano de carreira, um programa de qualificação do serviço, de capacitação e escolaridade? Há qualidade de vida no trabalho?
Contratar “ portadores de deficiência” é mais do que se utilizar do sistema de cotas, é abrir espaço para uma nova frente de trabalho. É vencer preconceitos! É superar desafios! É transformar e quebrar paradigmas!
Concluindo, somos nós que construímos os valores... Depende de nós, a construção de uma sociedade viável para todos. Não há lugar para apenas alguns, neste contexto”.
Agora, pare e pense: Será que, nós, profissionais de RH, estamos preparados para lidar com este universo? Qual é a nossa participação em relação a este cenário de transformação social?