Cabeças Falantes Online: o retorno
“Não há necessidade de passadas longas, é necessário, sim, que não fiquemos parados”. (Geni Guimarães)
Amigo Leitor, aqueles que ainda pensam e acreditam que não temos história, enganam-se. O que estamos fazendo não é novo. Apenas utiliza ferramentas atuais, dando continuidade a um processo que se iniciou por volta do século XVIII pelos pioneiros José do Patrocínio, Luis Gama, Cruz e Souza, entre outros anônimos relevantes. Tanto que dividimos nosso trabalho em três blocos: acervo, pesquisa e atualidades. Afinal, um povo sem memória é um povo sem raízes. É preciso que os novos conheçam um pouco do que os antigos fizeram, com eles aprender e traçarmos caminhos no contexto da realidade em que vivemos. (Excerto de: Trajetória da Imprensa Negra Brasileira: um pouco de história. Disponível em: http://br.geocities.com/tamboresfalantes/trajetoria.htm )
Por quê Cabeças Falantes?
Referência aos tambores falantes, um meio de comunicação e mensagem sonora. O som soa falado como a linguagem tonal de algumas línguas africanas. Estes são alguns dos mais antigos instrumentos utilizados pelos Griots (contadores de história) da África Ocidental e sua genealogia pode ser rastreada até aos antigos impérios. O povo Hausa, os Yorubas do sudoeste da Nigéria e do Benim e Dagomba do norte de Gana desenvolveram um gênero musical griot altamente sofisticado centrado no tambor falante.
O retorno
Após um longo jejum estamos de volta. Passeamos por outras estradas, conhecemos lugares e pessoas, trocamos experiências, aprendemos novas rotas, outros fazeres produtivos, voltamos para a casa de onde nunca saímos: a Comunicação Social. Cremos que estamos um pouco mais fortes, mais humildes, mais serenos e sobretudo mais convictos da nossa missão, cuja caminhada começou antes e vai continuar depois de nós. Nesta retomada, ficamos na dúvida se manteríamos a página construída no Geocities ou se abriríamos outra. Atendendo a sugestões, optamos pela segunda, tendo em vista que tanto a URL quanto o seu entendimento verbal e escrito mostra-se mais compreensível pela sua simplicidade: www.tamboresfalantes.blogspot.com Se a vida por si já é complexa por que complicar?
Cabeças Falantes Online
O projeto Cabeças Falantes é resultante de experiências e colaborações em veículos impressos alternativos, cuja continuidade têm sido prejudicada e interrompida por falta recursos materiais e financeiros próprios. Fator predominante, que ainda permite os meios de comunicação oficial retratar a coletividade afro-brasileira e a população periférica de forma caricaturesca e distorcida. Acredita que a Internet é um caminho a ser ocupado e conquistado com seriedade e compromisso, a partir de empreendimentos cooperativos consistentes.
Edições anteriores
A proposta inicial de CABEÇAS FALANTES ONLINE - informativo afro-cultural brasileiro: auto-estima, arte, cultura, pesquisa, memória, religião, legados, notícias, educação, saúde, ações empreendedoras, intercâmbio, reivindicação, cidadania, debate, reflexão, atualidades... ainda pautam sua linha editorial. A presença, manifestação, solidariedade e articulação da coletividade afro-brasileira e, aliados à causa, na Internet, é irreversível, e deve ser ocupado com ideologia educacional e construtiva. Mantivemos o endereço anterior: http://br.geocities.com/tamboresfalantes/ estamos trabalhando para desmonstar e remontar as edições publicadas, de forma leve e rápida para facilitar a navegação dos nossos leitores. Nesta versão blog a mudança começa com os artigos ilustrados. Fator que abre oportunidades e permite a colaboração de cabeças antenadas e atuantes no universo da mensagem visual: fotografia, desenho, pintura, grafite, colagem, cinema, etc.
Paz e Consciência Coletiva...
Oubí Inaê Kibuko
Graduando em Publicidade e Propaganda, FECAP,SP e Audiovisual pela Escola Livre de Cinema e Vídeo (ELCV), Fotógrafo, Escrevinhador e Editor responsável de Cabeças Falantes Online: www.tamboresfalantes.blogspot.com - tamboresfalantes@yahoo.com.br