BBB: Bizarrices bem Brasileiras
A saber: ratos, homens e gatos tem muitas coisas em comum; e tudo resume-se em corrupção, impunidade e safadeza. Fazendo-me entender:
Se és dado à bizarrice, chama o brasileiro que serás bem servido. É uma trapalhada mais hilária que outra; que dispensa os filmes dos Trapalhões, contudo, a "frutaria Zorra" é total.
Aqui tem de tudo: mecânica e elétrica de autos em vias públicas. Ministro da Educação nomeado para exercer o cargo por 24h. Ocupação de calçadas com barracas e lonas. "Gatos" de energia elétrica, água, internet e televisão Sky. Mendigos e vira-latas revirando lixo nas calçadas da "boca do luxo". Mega-construções de tijolos aparentes penduradas nos morros. Rumas de lixo nas esquinas e córregos. Engenheiro construtor de prédio com areia lavada de praia. Madames passeando com cães, tropeçando nos saltos 15. Funque e pancadão ribombando nas esquinas. Prefeito que após a tragédia consumada é empático ao dizer" "senti por nao ter feito mais pelo município". Feito mais que 200 vítimas, óbvio.
Aqui é o faça o que tu queres, pois é tudo liberado por lei. Perfeita hilaridade.
Conforme o gosto e necessidade do cliente, cria-se a maneira de satisfazê-lo; e uma vez ativa, socialmente, viva mais uma Conquista Alternativa.
Mais uma, dentre as bauzadas estampadas país afora, em Feira de Santana, "Bahea", um empático cidadão possuidor de uma adega, resolveu colaborar com a mendicância, fazendo uma privada, exatamente: uma privada na pública.
Abriu um buraco na calçada. Concretou um vaso (sanitário) sobre ele; e fechou o recinto com caixas de cerveja. Rapidamente, a simples obra de arte ao estilo gótico / psicodélico ficou pronta para uso de seus clientes fiéis usufruirem. É um entra e sai, contínuo. A espera é tão demorada, que os necessitados impacientes batem na porta: tum, tum, tum.
- espere sua veeez, tem gente! - esse o berro que sobe os ares.
Indo à Feira de Santana, não deixe de visitar esse inusitado atrativo turístico; o qual tem chamado atenção do mundo todo. No entanto, faça selfies com as narinas tapadas.
Convenhamos, a nacionalidade brasileira é criativa; e possui meios bastante para driblar a ignorante e destrutiva civilidade.
Vale dizer que "a lei emana do povo, para o povo"; portanto, a sociedade brasileira como um todo, está no caminho certo; e o conjunto de leis, o condutor.
Segue no caminho certo em direção à Alameda Merda; sem número. Bairro: Desfiladeiro.
Brasil: portal do inferno; e não foi à toa que os gringos em 2014 foram recebidos no aeroporto da cidade maravilhosa com a faixa: "Welcome to hell"! Sem mais: espero que tenhas feito excelente leitura sobre o inferno. Inferno meu, inferno seu, inferno nosso, chamado Brasil; ou és dinamarquês, suiço, sueco, holandês, ou de outro país, verdadeiramente civilizado.
(enal)Tecendo a terra!
"Quero dar enterro digno para meu filho". - palavras de um pai
Avalanche nenhuma inicia, se não, com um ínfimo grânulo do material particulado.
E isto não é questão apenas de estudo geológico, mas de inteligência intuitiva; atributo pouco usado, atualmente.
Para quem está em constante movimento, existe o Sul, o Leste, o sal, o Oeste e o sol, após percorrer o Norte.
Parado, estático, inerte, esperando que tudo lhe aconteça a tempo e hora, o brasileiro inventa moda; e agora está com um costume estranho: desenterra da lama e enterra sob - mais ou menos - 7 palmos de terra seca. Por que será, se ambas as terras são frias, arenosas, movediças, pedregulhosas?
De repetição em repetição, quando o Brasil ficar um mês, apenas um mês sem tragédia, o Papa deixará de ser argentino, Deus será novamente brasileiro e enviará "Messias, o Prometido à Terra". Deus enviar seu filho novamente, é ruim, hein!
Brasil: de paraíso a inferno, em 50 anos!!
Não obstante, os progressistas dirão que o passado, a paz, a harmonia, a MPB, o trinado de pássaro, é pura nostalgia de velhos províncianos; e o negócio é funk (a escandalosa dancinha na boquinha da garrafa) nos capôs dos carros, balas perdidas, pedra de crack nas esquinas, deslizamentos de terra, desprendimento de rocha e estouro de barragens.
Karl Jung nem imaginava tais eventos, porém segundo Ele, "na vida, ou adapta-se ou morre".
Entende-se, pois, que se ainda não morreram, é por que estão bem adaptado ao morro; porque a floresta e o mato foram incinerados, faz tempo. No entanto: até quando?
Carreada por Ele(s), já vêm Ela! Mas nada que assuste, sobretudo, o que é uma pinta de sangue em cobertores ensanguentados.
Cultura assim estruturada, bem sedimentada, consistente, é sistema humano consolidado.
Para quem está em constante movimento, existe o Sul, Leste, o sal, Oeste e o sol, após percorrer o Norte. Entende agora?
A saber, a Natureza não se desfaz conforme a música; ao contrário, Ela trata as coisas com seriedade; e serenamente, continuará reavendo o que é dEla por direito.
Acima de tudo, a Natureza é sóbria, prodigiosa; bêbados, vagabundos inúteis são os que a explora; e para esses, que a terra lhes seja pesada, densa, um duro monte que não se dê à desmonte.
Visto e sabido que as obras dos homens são aleatórias, vis, desordenadas e executadas conforme "o ouro vale quanto pesa a pepita" dos interessados, a Natureza realinha tudo, bota tudo abaixo em nome da ordem. Feito isso, para a Natureza, disciplina, seriedade, respeito e ordem são inseparáveis.
Belchior fechou a letra da canção "Pequeno perfil de um cidadão comum", dizendo: "que a terra lhe seja leve".
E Eu que não sei orar, muito menos compôr e cantar, fecho este, pensando: "que a residência fixa, seja longa; pois para muitos que dormiram descobertos e acordaram abraçados nos cobertores de lama, a vida foi breve".
Na vida ou adapta-se ou morre". Pensou Karl Jung. Ação, intensamente profícua, deve ser atributo aplicado antes de qualquer medida paliativa.
Penso Eu que empatia depois da tragédia consumada, é sentimento inócuo, desnecessário.
Por todos os lugares que passei e passo, sempre ouço e vejo que a maioria das pessoas querem estar acompanhadas, sendo figurinha do álbum Multidão. Eu que não acho isso engraçado, vejo graça em montar o quebra-cabeça do mosaico Caminhar Sozinho.
A diversidade e a indiferença geram os absurdos. O Brasil precisa se conhecer.